Será a segunda vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestará esclarecimentos à Polícia Federal em menos de um mês
A PF (Polícia Federal) aguarda o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tomar o depoimento dele sobre a intentona golpista de 8 de janeiro.
A oitiva do ex-chefe do Executivo está agendada para a próxima quarta-feira (26). Ele terá de falar sobre a participação dele nos ataques aos prédios dos Três Poderes da República, em 8 de janeiro.
Bolsonaro é investigado no âmbito do inquérito que apura os instigadores e autores dos atos antidemocráticos. A informação sobre a audiência do ex-mandatário foi dada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo.
Foi a PGR (Procuradoria-Geral da República) que pediu a oitiva de Bolsonaro, na semana passada. E o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinou que fosse marcada data dentro de 10 dias.
Será a segunda vez, neste mês, que Bolsonaro presta depoimento à PF. Em 5 de abril, o mandatário foi à sede da corporação para explicar sobre as joias que ganhou de “presente” do governo Saudita.
A partir de agora, diante de tantos indícios de crimes cometidos pelo ex-presidente, isso pode virar rotina na vida dele.
DIA DA INFÂMIA
Na última terça-feira (18), a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber fez pronunciamento em que relembrou e condenou os ataques às sedes dos poderes.
Foram completados 100 dias da intentona golpista e a ministra lembrou a data, para que esta não seja esquecida e “nunca mais se repita”.
A data também foi lembrada na Corte Suprema porque após estes 100 dias dos atos golpistas, o STF concluiu, na última terça-feira, as obras de reconstrução do 2° pavimento do prédio principal danificado na invasão de 8 de janeiro, onde fica o Salão Nobre da Corte, o que representa a reconstrução total do prédio.
RÉUS DO 8 DE JANEIRO
Nesta semana, também, o Supremo iniciou o julgamento para transformar em réus os primeiros 100 envolvidos nos atos de terror e vandalismo.
A Corte, nesta quinta-feira (20), formou maioria para levar os denunciados a julgamento, com os votos de Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Agora, já são 6 a 0.
Entre terça e quarta-feira desta semana, outros ministros já haviam depositado o voto sobre esse julgamento, que está em plenário virtual. Já votaram com o relator, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.