O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) está sendo investigado pela Polícia Federal por ter coordenado um ataque contra o ex-ministro da Justiça e novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, pelo WhatsApp.
Entre os dias 14 e 15 de maio, o WhatsApp pessoal de Flávio Dino foi inundado de mensagens ofensivas, ataques e ameaças.
O ministro se destacou, ao longo do ano, no combate ao golpismo, na perseguição contra grupos nazistas e no desmantelamento de organizações criminosas.
A PF investigava o caso e já havia descoberto que o número de telefone tinha sido vazado em um grupo de militantes de direita. Na quarta-feira (13), uma mensagem enviada por do Val a seus contatos permitiu à PF concluir que ele era o responsável.
Durante a sabatina da indicação de Flávio Dino para o STF, Marcos do Val enviou uma mensagem para seus contatos com uma falsa denúncia de que a PF tinha intimado um menor de idade para depor na investigação sobre o vazamento. A denúncia, inclusive, era mentirosa, pois a pessoa tem 21 anos.
A mensagem era acompanhada pela intimação enviada pela PF.
Cruzando as informações, a Polícia descobriu que foi Marcos do Val quem vazou o telefone pessoal de Flávio Dino.
Aliado de Jair Bolsonaro, Marcos do Val também está sendo investigado por ter atrapalhado as investigações sobre os planos golpistas do ex-presidente com falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.
Do Val inventou denúncias contra Jair Bolsonaro para depois retirá-las e tentar imputar crimes contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).