Mais um protesto popular contra o ministro
Um vídeo circula na internet mostrando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, alvo de novo protesto popular. Desta vez, passageiros de um voo vaiam e gritam para ele: “fora Gilmar”
Os protestos contra Gilmar aumentam quando o comandante do avião anuncia a presença da Polícia Federal na aeronave após aterrissar, a pedido de Gilmar. “Polícia Federal para ele”. “Amigo do Daniel Dantas, do Aécio Neves”.
Uma passageira diz: “Vergonha para família brasileira”. “Tá com medo, Gilmar?”, pergunta outra. “Precisa de polícia, rapaz? Sabe que tá fazendo merda. Que vergonha!”, diz indignado um passageiro. “Somos cidadãos de bem, ao contrário dos vagabundos que você solta”.
“Vai soltar o Lula, depois?”, questiona um passageiro. E o outro responde: “Ah, ele vai”. “Paga quanto pra soltar Maluf?”, dispara outro.
Não faltou mais coro de “fora Gilmar”.
Gilmar Mendes ouve tudo com uma risada sem graça, envergonhada.
Gilmar Mendes é juiz, ministro do STF, mas age como advogado de bandidos ricos, soltando da prisão picaretas como Daniel Dantas, Eike Batista e o médico estuprador em série Roger Abdelmassih.
Ele também mandou soltar por três vezes o mafioso dos transportes no Rio de Janeiro, Jacob Barata Filho, preso por corrupção e pagar propina para Sérgio Cabral, ex-governador preso. Em 2013, o ministro foi padrinho de casamento da filha de Barata.
O portal Congresso em Foco lembra que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro Gilmar Mendes fizeram 33 telefonemas entre 16 de março e 13 de maio de 2017. As ligações foram feitas pelo aplicativo Whatsapp, e em período que o tucano passou a ser investigado por receber R$ 2 milhões de propina da JBS e alvo de uma operação da PF.
Gilmar Mendes já foi alvo de, pelo menos, cinco petições protocoladas no Senado em 2017 com o objetivo de destituí-lo do STF. Mas duas delas foram arquivadas pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), antes mesmo que tivessem qualquer tramitação. Em 22 de dezembro foi apresentada uma sexta petição que ainda não foi registrada no sistema devido ao recesso parlamentar. Um abaixo-assinado virtual com 1,7 milhão de assinaturas de apoios acompanhou o pedido.