Ruralista Milton Baldin convocou atiradores para a posse de Lula em discurso num palco instalado por golpistas em frente ao QG do Exército. O provocador foi preso pela PF em Brasília quando tentava fugir
A Polícia Federal prendeu na noite desta terça-feira (6) o provocador bolsonarista que defendeu o assassinato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia de sua posse. Em um vídeo divulgado nas redes sociais no dia 26 de novembro, Milton Baldin aparece ao microfone, em um palco instalado em frente ao QG do Exército, convocando atiradores para participar de um atentado contra o presidente eleito.
“Gostaria de pedir ao agronegócio, aos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros para Brasília. São só 15 dias, não vai fazer diferença. Também pedir aos CACs, atiradores que têm armas legais”, disse o provocador preso, que se identifica como sendo um empresário de Juruena (MT). Baldin ainda citou uma frase usada pelo ministro Luís Roberto Barroso, também do STF, em resposta a um bolsonarista que o achacava durante passeio nos EUA.
“Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas. E aí o que vão falar? ‘Perdeu, mané.’ E como nós vamos defender a nossa propriedade e a nossa família?”, indagou. A ordem de prisão partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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O criminoso, que incitou atiradores a atentarem contra a vida do presidente eleito foi preso pela PF nas proximidades do acampamento dos golpistas. A captura se deu em um momento em que ele tentava se evadir do local. Baldin permanecia junto com outros fanáticos bolsonaristas que, inconformados com a derrota eleitoral, acamparam em frente ao QG do Exército, em Brasília, implorando para que o militares impedissem a posse de Lula.
A determinação dos comandantes militares de respeitar a Constituição e o resultado das urnas provocou o desespero e a radicalização desses bandos de golpistas. O STF e o Ministério Público investigam agora quem está por trás desses atos, que, segundo especialistas, podem vir a ser enquadrados como crime contra o estado democrático de direito. Em um dos momentos da fala do provocador, ele dá uma senha para os atiradores: “Essa bandeira (do Brasil) pode até ser vermelha, mas com meu próprio sangue’, diz.
Desde o dia seguinte da vitória de Lula no segundo turno das eleições, hordas de bolsonaristas fanáticos, inconformados com a derrota, iniciaram bloqueios criminosos de estradas e atos de vandalismo em alguns estados brasileiros. Esses atos violentos e desesperados provocaram muitos transtornos à população brasileira, impedindo o transporte de alimentos e de remédios. Alguns desses fanáticos incendiaram ambulâncias, caminhões e praças de pedágio.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) agiu contra os bloqueios e conseguiu liberar as estradas. Os golpistas, então, se dirigiram aos bandos para os quarteis espalhados pelo país para pedir um golpe de Estado contra a posse de Lula. Cada vez mais isolados, eles ainda mantêm alguns desses acampamentos e já começam a brigar entre si. O incitamento ao assassinato de Lula e a prisão do meliante de Brasília ocorreu no acampamento que está montado na capital do país.
O esquema de segurança do presidente eleito já foi reforçado após esse tipo de incitamento, assim como pelo fato de que uma parte desses milicianos golpistas chegou a se dirigir ao hotel onde Lula se hospeda em Brasília para fazer mais provocações. Uma delas ocorreu no último fim de semana. A prisão de aspirante a terrorista nesta terça-feira (6) é uma sinalização clara da autoridades, tanto federais como do DF, de que agirão com firmeza contra eles, O objetivo é garantir que os fanáticos não atrapalhem a cerimônia de posse de Lula no próximo dia 1 de janeiro de 2023.
um patridiota e imbecil a menos, por enquanto. tomara que apodreça na cadeia.