Operação “Cadeia velha” prendeu Felipe Picciani, filho do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), e também gerente da Agrobilara, a empresa que conduz os negócios da família. Jorge Picciani foi levado coercitivamente para depor.
A Polícia Federal prendeu Felipe Picciani, filho do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB), e também gerente da Agrobilara, a empresa que conduz os negócios da família. Jorge Picciani foi levado coercitivamente para depor.
Há ainda mandados de busca e apreensão nos gabinetes de Jorge Picciani e dos deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB. A operação da PF foi batizada de “Cadeia Velha”. A ação foi desencadeada pela Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR-2), em parceria com a PF, na manhã desta terça-feira (14).
Os deputados são acusados de manter uma caixinha de propina destinada à compra de decisões na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para o setor de transportes. Segundo os investigadores, o esquema começou nos anos 1990, por Sérgio Cabral, e hoje seria comandado pelo presidente da Casa, deputado Jorge Picciani, pelo antecessor, deputado Paulo Melo, e pelo líder do governo Edson Albertassi, caciques do PMDB fluminense.
Os mandados de prisão se estendem ainda a Jorge Luiz Ribeiro, braço direito do presidente da Alerj; Andréia Cardoso do Nascimento, chefe de gabinete do deputado Paulo Melo; e do irmão dela, Fábio, também assessor de Melo. Estão ainda na lista de presos Lélis Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), José Carlos Lavouras e Jacob Barata Filho, os três alvos da primeira fase da Operação “Ponto Final”, deflagrada em julho, e que haviam sido libertados por liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Jorge Picciani, Melo e Albertassi só não serão presos neste momento porque a Constituição estadual, no Artigo 120, estabelece como única possibilidade de prisão provisória o flagrante de crime inafiançável, à exceção de casos com licença prévia da Alerj.
PROCURADOR
Por não defender a indicação do deputado Edson Albertassi para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), o procurador-geral Leonardo Espíndola foi demitido pelo governador Pezão.