Carlos Victor Carvalho estava foragido e era financiador do terrorismo. Ele é assessor do deputado estadual do PL Filippe Poubel, do Rio de Janeiro
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (19) Carlos Victor Carvalho, mais um financiador dos atos terroristas contra os Três Poderes, ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília. Ele é apoiador de Bolsonaro, e também estava em Brasília no dia dos ataques terroristas às sedes dos três poderes, de acordo com postagens nas redes sociais.
A ação foi realizada pela Polícia Federal de Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro. O preso era assessor do deputado estadual bolsonarista Filippe Poubel (PL-RJ) desde 8 de junho do ano passado e recebia o salário líquido de R$ 5.588,37.
Carlos Victor Carvalho era considerado foragido e foi localizado em uma pousada do município de Guaçuí, no Espírito Santo.
Carvalho é um bolsonarista com codinome de “CVC da Direita” e participa de uma célula na cidade de Campos, onde vive. Administrador de perfis nas redes de apoio ao ex-presidente Bolsonaro, Carlos Victor Carvalho é investigado também por bloquear rodovias e acampar nos quartéis em Campos dos Goytacazes.
O fugitivo passou o último fim de semana em Guarapari (ES) e tinha dito que se apresentaria à Polícia Federal na noite de segunda-feira (16), mas não cumpriu a promessa. Foi encontrado em uma pousada no município de Guaçuí.
Com a prisão de Carvalho, a PF capturou os três alvos no âmbito da Operação Ulysses, que investiga pessoas que participaram e financiaram atos terroristas em Brasília. Os outros dois presos são o bombeiro militar de Campos, Roberto Henrique de Júnior, e a confeiteira Elizângela Cunha Pimentel Braga, moradora de Itaperuna, no Noroeste do Rio de Janeiro.
Por meio de nota, o gabinete do deputado Poubel comunicou que Carvalho foi exonerado. “O gabinete do deputado estadual Filippe Poubel comunica a exoneração do Sr. Carlos Victor Carvalho, após prisão efetivada pela Polícia Federal, para que ele possa ter pleno direito à defesa nos trâmites do devido processo legal”, diz o parlamentar.