
Não só a mãe, mas também o irmão foi usado por Delegado Pablo (PSL-AM) para desviar dinheiro público
A Polícia Federal pediu à Justiça o sequestro dos bens do deputado bolsonarista Delegado Pablo (PSL-AM), que é acusado de usar a mãe e um irmão como “laranjas” para fechar acordo com o consórcio Engevix-Encalso-Kallas, responsável pela reforma do aeroporto de Manaus.
Os crimes teriam começado em 2012, durante a gestão da petista Dilma Rousseff. No período, o terminal da capital amazonense passou por obras de reforma, modernização e ampliação para receber torcedores para os jogos da Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014.
Segundo as investigações da PF, como delegado da Polícia Federal o atual congressista foi nomeado coordenador de segurança em Grandes Eventos em 2012, e deveria atuar durante a Copa e a Olimpíada. Na mesma época, sua mãe e irmão criaram a empresa que receberia R$ 1,2 milhão para plantar mudas no aeroporto.
O deputado bolsonarista comandava a empresa sozinho – o que não é permitido a um policial federal. Além disso, o serviço pago não foi concluído e os custos com fornecedores não chegaram a 10% do que foi pago pelo consórcio. O deputado tem negado as acusações.