O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prorrogação por mais 60 dias de prazo para conclusão do inquérito que investiga o pagamento de propinas pela Odebrecht ao senador Renan Calheiros (PMDB/AL) e outros quatro parlamentares.
Entre os investigados estão os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB/CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Os outros dois são o senadores Romero Jucá (RR) e o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), ambos do PMDB.
A prorrogação havia sido pedida pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçando solicitação feita pelos delegados responsáveis pelo caso na Polícia Federal.
Dodge citou investigações “pendentes” da PF, entre elas a oitiva como testemunha de Carlos Parente, executivo da Braskem, uma subsidiária da Odebrecht. Também não foram feitas perícias nos sistemas de comunicação e contabilidade paralela da empreiteira, chamados Drousys e Mywebdayb, conforme previstas, destacou a PGR.
Os parlamentares são investigados pela suspeita de terem recebido propina de R$ 7 milhões da construtora Odebrecht para aprovar a medida provisória que concedeu incentivos tributários a produtores de etanol e à indústria química em 2013. A apuração teve origem nas colaborações premiadas de executivos do grupo.