A Procuradoria-Geral da República denunciou, na segunda-feira (4), o ex-ministro Geddel Viera Lima por lavagem de dinheiro e associação criminosa. A denúncia, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, se refere ao caso dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrados pela Polícia Federal em malas em um apartamento emprestado a ele em Salvador.
O irmão de Geddel, deputado federal Lúcio Vieira Lima, a mãe deles, Marluce Vieira Lima, o ex-assessor Job Ribeiro que trabalhava com Lúcio Vieira Lima, o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz e o sócio da empresa Cosbat, Luiz Fernando Costa Filho, também foram acusados pela PGR.
De acordo com a procuradoria o dinheiro foi acumulado com propinas da construtora Odebrecht, repasses de Lúcio Funaro e desvios de políticos do PMDB. Há indícios também de que o montante reúne parte dos salários dos assessores que era devolvido ao político.
“Não é crível que uma pessoa dispusesse da absurda quantia se não houvesse o propósito de ocultar a sua existência; nem que duas figuras públicas com a inteligência do parlamentar Lúcio Vieira Lima e seu irmão Geddel, além de sua mãe, deixassem de auferir rendas se este valor estivesse devidamente declarado e formalmente inserido no sistema financeiro nacional”, diz o inquérito da PF.
As impressões digitais de Gustavo Ferraz, Job Ribeiro e Geddel foram encontradas nos sacos de dinheiro.