
“Trata-se de agressões à honra e imagem”, afirma o vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o prosseguimento do processo de Lindbergh Farias (PT-J) contra Gustavo Gayer (PL-GO) por injúria e difamação no caso em que disse haver um “trisal” entre o petista, a ministra Gleisi Hoffmann e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Segundo o vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho, a fala de Gustavo Gayer extrapolou a imunidade parlamentar. “Ela [a imunidade] encontra limites claros quando as palavras desbordam do legítimo embate político e se convertem em agressões à honra e à imagem de terceiros”, assinalou.
“Não se trata de legítimo embate político, mas de agressões à honra e imagem de terceiros por meio de insinuações de significado inequívoco”, continuou.
O caso ocorreu em março, quando Gleisi foi indicada por Lula como ministra das Relações Institucionais para debater e negociar com o Congresso Nacional.
Em suas redes sociais, Gustavo Gayer insinuou que Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, que são namorados, fariam um “trisal” com Davi Alcolumbre.
Agora, cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se aceita a queixa e segue com o processo contra o deputado bolsonarista.
Gleisi Hoffmann também apresentou uma queixa-crime para a PGR contra Gustavo Gayer no mesmo episódio. Além da fala sobre “trisal”, Gayer comparou Lula a “cafetão” que oferecia Gleisi como “garota de programa”.