Assessoria da deputada bolsonarista enviou nota em que alega que soube da denúncia da PGR e que vai “demonstrar quem foi a vítima e o verdadeiro agressor nos eventos ocorridos”
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), aliada de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
A razão da denúncia foi a perseguição a um homem negro antes do segundo turno nas ruas de São Paulo, em que ela saca arma de fogo e o persegue pelas ruas, após discussão em que se desentenderam politicamente.
Na denúncia, a PGR pede que Zambelli pague multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos.
DEPUTADA PERIGOSA
O episódio ocorreu em outubro do ano passado, num bairro nobre de São Paulo.
Segundo a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, Zambelli, ao sacar a arma e ir atrás do homem, modificou a situação de perigo abstrato, para perigo concreto.
Também na denúncia, consta que Zambelli não tinha autorização para usar a arma em público.
SEM AUTORIZAÇÃO PARA MANEJO OSTENSIVO
“Conquanto ostente o porte de arma de fogo de uso permitido para defesa pessoal, Carla Zambelli Salgado de Oliveira não detém autorização para o manejo ostensivo do armamento em via pública e em local aberto ao público contra pessoa do povo que não ensejava qualquer mal, ameaça ou perigo concreto à vida ou à integridade física sua ou de terceiro”, está escrito na decisão da PGR.
A assessoria da deputada divulgou nota em que alega que a parlamentar soube da denúncia da PGR e que irá “demonstrar quem foi a vítima e o verdadeiro agressor nos eventos ocorridos”.
M. V.
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