
O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o STF deve recomendar “formalmente à PF que destaque equipes de prontidão em tempo integral
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta segunda-feira (25) que a Polícia Federal amplie o monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O procurador afirmou ainda que as medidas não devem ser “intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem que sejam perturbadores das suas relações de vizinhança”.
Atualmente Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e é também é monitorado por tornozeleira eletrônica. Gonet afirmou que o Ministério Público Federal entende que o STF deve recomendar “formalmente à Polícia que destaque equipes de prontidão em tempo integral para que se efetue o monitoramento em tempo real das medidas de cautela adotadas”.
A PGR ainda tem até a manhã de quarta-feira (26) para se manifestar sobre o descumprimento de restrições impostas pelo STF, como o uso de redes sociais, e ainda o suposto risco de fuga, diante de uma minuta que foi encontrada no celular de Bolsonaro e que tratava de um pedido de asilo à Argentina. A defesa do ex-presidente nega qualquer violação das cautelares.
A Procuradoria vai decidir se deve ou não ser adotada alguma medida mais restritiva. Interlocutores de Gonet, no entanto, avaliam que a situação de Bolsonaro não deve mudar até o julgamento da ação, previsto para começar em 2 de setembro.