PGR pede ao STF para ouvir ex-presidente da Petrobrás sobre áudios que ‘incriminam Bolsonaro’

Edifício sede da Petrobrás. Foto: Agência Brasil
Ex-presidente do BB, Ruben Alves, também é solicitado. Roberto Castello Branco e Rubem Novaes responderiam sobre declarações da existência de mensagens e áudios com esse teor

Mais problemas para Jair Bolsonaro (PL) e o governo dele. Agora, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu para o STF (Supremo Tribunal Federal) para que sejam ouvidos o ex-presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, e o ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, sobre declarações de a existência de mensagens que poderiam incriminar o chefe do Poder Executivo.

A movimentação ocorreu em ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) após reportagem do portal Metrópoles veicular que o ex-presidente da estatal Roberto Castello Branco declarou em grupo privado que o antigo celular funcional tinha provas que poderiam incriminar o mandatário.

Segundo a PGR, Castello Branco deve ser questionado para elucidar quais mensagens e áudios do celular corporativo que detinha e que, especificando o teor desses áudios, poderiam “incriminar” o presidente da República.

A PGR, em manifestação assinada pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, também solicita que o ex-presidente do BB, Rubem Novaes, conceda depoimento a respeito do assunto.

O pedido foi encaminhado para o relator do caso no STF, ministro Luís Roberto Barroso. Como o Judiciário está de recesso em julho, o processo ficou nas mãos da vice-presidente da Corte Suprema, Rosa Weber, que está de plantão.

PGR QUER DETALHES

Deve especificar, além das datas, circunstâncias e em que contextos foram encaminhadas ou recebidas, além de explicar por qual motivo não os apresentou às autoridades competentes quando da primeira oportunidade possível.

Quanto ao ex-presidente do Banco do Brasil, a PGR afirmou que terá a oportunidade de esclarecer, entre outros questionamentos pertinentes, o histórico de contato com o ex-presidente da estatal, e a natureza da conversa travada.

E, ainda, se conhece e consegue detalhar as mensagens e os supostos fatos e tipos delitivos aos quais Roberto Castello Branco teria se reportado.

PGR ALIVIANDO

Segundo a PGR, os elementos apresentados até o presente momento não comportam convicção ministerial suficiente para a instauração da investigação pedida.

“Todavia, o diálogo mantido e de teor não negado pelos interlocutores suscita maiores esclarecimentos que podem nortear providências investigativas não açodadas ou temerárias”, escreveu a PGR.

“Destarte, para melhor compreender os fatos trazidos aos autos, faz-se necessária a prestação de informações complementares a fim de formar um acervo minimamente seguro para o posicionamento do Ministério Público a respeito da possibilidade de instauração de uma investigação criminal”, complementou a PGR.

Rubem Novaes disse à analista Renata Agostini da CNN, que, sobre a troca de mensagens, cabe a Castello Branco esclarecer. E disse ainda que não teve interferência do chefe do Poder Executivo na gestão dele.

M. V.

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