Ministro das Finanças anunciou “novo pacote com objetivo de estimular crescimento e expandir a demanda interna”. BC cortou juros e lançará medidas para expandir mercado imobiliário
A China anunciou nesta sexta-feira (18) um crescimento de 4,6% do seu Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, em comparação com igual período no ano passado. A variação superou os 4,5% projetados por analistas financeiros. Numa base trimestral, expandiu 0,9% em relação ao período anterior.
A informação foi divulgada pelo Escritório Nacional de Estatísticas que apontou a existência de um “ambiente externo complicado e severo”. Diante desse quadro, a segunda maior economia do mundo deve adotar um conjunto de medidas de estímulo ao desenvolvimento econômico interno com vistas a alcançar os 5% anuais.
A economia chinesa cresceu 4,8% anualmente nos primeiros nove meses de 2024. Numa análise por setores, a produção industrial aumentou 5,8% em relação aos primeiros nove meses de 2023, com registro de uma recuperação constante do setor de serviços, com um aumento de 4,7% no valor acrescentado.
O mercado de trabalho manteve-se estável nos primeiros três trimestres do ano, com a taxa de desemprego urbano situada em 5,1% em comparação com 5,3% há um ano. O crescimento do rendimento nominal dos residentes urbanos e rurais atingiu 5,2% no período.
O Ministro das Finanças, Lan Fo’an, já tinha declarado no sábado (12) que o governo em breve “lançará um pacote de medidas políticas incrementais direcionadas a estabilizar o crescimento, expandir a demanda interna e mitigar os riscos”. Sobre o montante dos recursos, o ministro se comprometeu a “aumentar significativamente” a dívida para potencializar a ampliação do mercado interno, para o que poderá arrecadar 6 trilhões de yuan (842,6 bilhões de dólares) em bônus especiais do tesouro ao longo de três anos. O objetivo seria um estímulo fiscal expandido, acrescentou.
O Banco Central chinês havia comunicado no final de setembro um conjunto de medidas de apoio monetário – as mais significativas desde a pandemia de Covid-19 -, que inclui cortes nas taxas de juros e ações de apoio ao mercado imobiliário.