
Renda disponível per capita do país aumentou 5,5% anualmente em termos nominais, com a garantia dos postos de trabalho e a qualidade dos empregos, que se refletem no aumento do consumo. “Melhorias reais para os 1,4 bilhão de chineses que garantem estabilidade frente à imposição de barreiras tarifárias dos EUA e à prática da intimidação comercial”, afirmou o vice-chefe do Departamento Nacional de Estatísticas, Sheng Laiyun
A economia da China registrou um crescimento de 5,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alavancada pelo mercado interno de 1,4 bilhão de pessoas e por inovações estruturais e tecnológicas que projetam um índice anual de 5% para este ano.
Segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) da China divulgados nesta quarta-feira (16), o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) alcançou 31,8758 trilhões de yuans (cerca de US$ 4,42 trilhões).
“Nos opomos fortemente à imposição de barreiras tarifárias pelos Estados Unidos e à prática de intimidação comercial, pois tais medidas são prejudiciais para todas as partes”, afirmou o vice-chefe do DNE, Sheng Laiyun, comemorando “a melhora generalizada nos indicadores-chave”.
Com um PIB per capita superior a US$ 13 mil, a solidez dos números mantém o país asiático como uma das mais altas taxas de crescimento do mundo, apesar de um ambiente externo complexo e desafiador. Antecipando-se aos movimentos – e provocações – feitos pelo governo estadunidense, a China adotou medidas que lhe garantem estabilidade e segurança, com várias delas já em vigor, e outras prontas para serem aplicada, caso seja necessário, explicou Sheng.
Entre as principais melhorias já observadas, o dirigente chinês assinalou que a produção industrial de valor agregado avançou 7,7% na comparação anual e que os investimentos anuais seguem crescendo para atingir 4,2% em ativos fixos, 5,8% na construção de infraestrutura e 9,1% em manufatura.
O setor de fabricação de equipamentos, que representou 33,7% da produção industrial total, aumentou 10,9% no primeiro trimestre do ano. O setor de manufatura de alta tecnologia, responsável por 15,% do total da produção industrial, registrou crescimento anual de 9,7% no valor adicionado da produção do mesmo período. De forma robusta, a produção de veículos de nova energia cresceu 45,4% e a de robôs industriais 26%.
Importante referencial do poder de consumo do país, as vendas no varejo de bens de consumo cresceram 4,6%, assim como as vendas no varejo de serviços, que se expandiram 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados divulgados pelo DNE apontam que a renda disponível per capita do país aumentou 5,5% anualmente em termos nominais, com a garantia dos postos de trabalho e qualidade dos empregos, que se refletem no aumento do consumo.
Com um papel cada vez mais significativo no crescimento chinês, a economia digital está entre os setores emergentes que têm contribuído para a estabilidade a longo prazo, destacou Sheng, ressaltando o significado de uma estrutura de exportação mais diversificada para a redução da dependência de qualquer única parceria comercial.
Sobre eventuais impactos dos aumentos das tarifas dos EUA, Sheng avaliou que “podem exercer pressão de curto prazo sobre a economia e o comércio exterior da China, mas não alterarão a perspectiva positiva de longo prazo do país”, cada vez mais preparado para enfrentar eventuais turbulências.