O Bureau Nacional de Estatística da China (BNE) anunciou que o crescimento do PIB em 2017 alcançou o elevado patamar de 6,9%, no primeiro ano desde 2010 em que o crescimento é maior do que no ano anterior. A economia chinesa é a segunda maior do mundo e ainda a primeira, sob o critério de paridade de poder de compra.
O resultado superou inclusive as expectativas do governo chinês, de 6,5%. No ano anterior, o crescimento fora de 6,7%. Conforme os organismos internacionais, a economia chinesa é responsável sozinha por um terço do crescimento global.
No decorrer do ano passado, “analistas” internacionais não se cansaram de vaticinar todo o tipo de desastre para a China, inclusive o colapso do seu sistema financeiro e o “excessivo endividamento”.
Outros números do BNE mostram que o objetivo de desenvolver a economia chinesa, fortalecendo o mercado interno e dependendo menos das exportações, vem sendo paulatinamente alcançado. O consumo contribuiu com 58,8% da expansão econômica do país em 2017, sendo que as vendas no varejo aumentaram 10,2%. O Índice de Produção de Serviços aumentou 8,2% ano a ano, 0,1 ponto percentual mais do que no ano anterior. Também a renda disponível per capita aumentou 7,3%, para 25.974 yuans (US$ 4.033).
Decisivo para o crescimento foi o investimento nas estatais (alta de 10,1%), o que, somado aos 6% relativos às empresas privadas, determinou 7,2% de alta nos investimento em ativos fixos, número 0,9 pontos percentuais menor do que no ano anterior, mas com o enorme valor de US$ 9,8 trilhões (63,17 trilhões de yuans).
Já em setores como alta tecnologia e fabricação de máquinas, houve elevação dos investimentos, respectivamente 17% (mais 2,8 pontos percentuais que no ano anterior) e 8,6% (mais 4,2 pontos percentuais).
Como registrou a agência de notícias Xinhua, em contrapartida o investimento em manufatura intensiva em energia diminuiu 1,8% ano a ano. A substituição em curso de produção de gás em substituição ao carvão para calefação e de energia solar também tem causado melhora na qualidade do ar das metrópoles chinesas. Também foi enfrentado o excesso de capacidade de produção em setores como aço e carvão, com reduções de respectivamente 50 milhões de toneladas e 150 milhões de toneladas.
Ao mesmo tempo, prosseguem os planos chineses para construção da chamada “Rota da Seda”, renomeada “Iniciativa do Cinturão e Estrada”, que compreende seis corredores econômicos conectando a Ásia, Oriente Médio, África do Norte e Europa, e com conexão com a Rússia, incluindo portos, trens de alta velocidade, links de fibra de alta velocidade e estradas, que tem início na região mais ocidental e menos desenvolvida da China. Conforme várias fontes, são projetos de infraestrutura da ordem de US$ 20 trilhões.
Outros números que atestam o desenvolvimento chinês: a produção de sofisticados robôs industriais superou os 100 mil este ano – mais que Coreia do Sul e EUA somados; a produção de automóveis da China é mais que o dobro da dos EUA; o país já é o maior produtor de energia eólica; e a rede de trens de alta velocidade – 16 mil quilômetros – é a maior do mundo.
A.P.