9 deputados deixaram a legenda e outros 2 se filiaram, saldo de 7 a menos
O PL, partido de Jair Bolsonaro, encerrou 2025 com 7 deputados a menos do que começou, sendo o partido que mais perdeu deputados ao longo do ano. O partido também perdeu parlamentares que foram condenadas por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Segundo levantamento do site Poder360, apesar disso, o PL continua sendo a maior bancada na Câmara dos Deputados, tendo 86 representantes. Desde 2023, quando começou a legislatura, o PL perdeu 13 deputados.
O PT, do presidente Lula, perdeu um deputado, mas é a segunda bancada com 67 parlamentares.
Entre os partidos que perderam deputados estão: MDB (2), PDT (2), PSol (1), Cidadania (1) e PV (1). Entre os que ganharam estão: PSD (3), Rede (3), PCdoB (2), PSB (2), Podemos (2), PSDB (2), Avante (1) e Novo (1).
GOLPISMO
Ao longo de 2025, 9 deputados deixaram o PL e outros 2 se filiaram. A maioria dos que saíram do PL se filiou ao PP, presidido por Ciro Nogueira.
Um deles foi o ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que busca espaço para se candidatar ao Senado em 2026. Derrite, cuja gestão da Segurança em São Paulo é marcada por casos de violência policial contra inocentes, recebeu críticas por seu relatório do PL Antifacção que tirava recursos da Polícia Federal.
Já o deputado Júnior Mano foi eleito em 2022 pelo PL de Bolsonaro e saiu da legenda porque, em 2024, apoiou a candidatura do petista Evandro Leitão (PT) para a prefeitura de Fortaleza (CE). Ele foi ainda alvo da Polícia Federal, que fez operações de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar em uma investigação sobre o desvio de emendas parlamentares por meio de contratos fraudulentos.
De acordo com o levantamento do 360, o PL perdeu 2 deputados com as mudanças causadas pela regra das sobras eleitorais: Silvia Waiãpi (PL-AP) e Sonize Barbosa (PL-AP). Por outro lado, a legenda recebeu os deputados Mauricio Marcon (RS), que era do Podemos, e Osmar Terra (RS), que saiu do MDB.
O PL é o partido onde estão abrigados a maioria dos condenados por tentativa de golpe contra a democracia.
Recentemente perderam seus mandatos Carla Zambelli (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) por condenações no Supremo Tribunal Federal (STF) – e ambos fugiram do Brasil para tentar escapar da prisão. Zambelli contratou um hacker para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e fraudar documentos, numa trama para enfraquecer as instituições democráticas e abrir caminho para o golpe.
O segundo foi condenado por participar, sendo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da tentativa de golpe liderada por Jair Bolsonaro.
Tanto Zambelli quanto Ramagem foram substituídos por seus suplentes, que também são do Partido Liberal.











