
Só falta o presidente Lula bater o martelo e anunciar, declarou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, sobre as medidas de proteção ao emprego e à atividade produtiva no Brasil
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o plano de contingência do Governo Federal para apoiar os setores afetados pelo tarifaço de Trump foi apresentado ao presidente Lula, que deve “bater o martelo” nos próximos dias.
“O plano de contingência foi apresentado ao presidente Lula, que terminou ontem tarde da noite o trabalho [de leitura]. O presidente vai bater o martelo e aí vai ser anunciado. Se não for amanhã, provavelmente na segunda ou terça-feira”, disse Alckmin em entrevista no final da noite de ontem.
De acordo com o vice-presidente, o plano de contingência tem como foco um plano emergencial para ajudar as os setores mais afetados pela imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo americano.
“Há setores em que mais de 90% [da produção] vai para o mercado interno, com exportações de 5%, no máximo 10%. E tem setores em que metade do que se produz é para exportar. E tem setores que exportam mais da metade para os Estados Unidos. Então, foram muito expostos, estão muito expostos”, declarou.
Carnes, café, pescados e o setor de calçados, por exemplo, têm grande ordem de produtos produzidos exportados para o mercado americano e entraram no novo regime de tarifas. Outros produtos, como suco de laranja, petróleo, aeronaves civis, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos foram excluídos do tarifaço, com a alíquota permanecendo em 10%.
Na tarde de quinta-feira, Alckmin se reuniu fora da agenda com o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar. O vice-presidente não entrou em detalhes, dizendo apenas que o encontro foi positivo.
Segundo Alckmin, o objetivo agora é trabalhar para diminuir as alíquotas e excluir ao máximo outros itens que foram sobretaxados. Além de garantir uma maior proteção ao emprego e à atividade produtiva no Brasil.