
Dois policiais militares foram condenados pela Justiça pelo assassinato de cinco jovens que estavam em um carro que foi fuzilado com mais de 100 tiros de fuzil, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio.
Há quatro anos, Carlos Eduardo, Roberto, Cleiton, Wilton e Wesley foram assassinados dentro de um carro. Os jovens, que tinham entre 15 e 25 anos, voltavam de uma lanchonete, onde comemoravam o primeiro emprego de Roberto.
Os peritos contaram 111 buracos de balas no carro. Os PMs alegaram que revidaram tiros disparados pelos cinco jovens. A perícia mostrou que a arma usada era fuzil e que todos os tiros vieram de fora para dentro.
Na sexta-feira (8), dois dos quatro policiais foram condenados por cinco homicídios duplamente qualificados. O sargento Márcio Darcy Alves dos Santos recebeu uma sentença de 52 anos e seis meses de prisão. Além dessa pena, o soldado Antônio Carlos Gonçalves Filho deve cumprir mais oito meses e cinco dias por crime de fraude processual. O PM Thiago Resende Viana Barbosa deve ser julgado em outra data. Já o cabo Fabio Pizza Oliveira da Silva foi absolvido de todas as acusações.
Segundo as famílias, foram quatro anos de muito sofrimento e de espera por Justiça. Por isso, não se conformaram com a absolvição de um dos policiais. O Ministério Público e os assistentes de acusação já recorreram da decisão e o caso vai para análise do Tribunal de Justiça.
“Eu queria que os nossos filhos voltassem para os nossos lares, mas já que infelizmente isso não pode, que o Estado repare esse dano”, afirma Jorge Roberto da Penha, pai de Roberto.