A Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma operação de busca e apreensão na cela onde estão presos o ex-ministro José Dirceu (PT) e o ex-senador Luiz Estevão (PRTB) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A ação foi motivada após uma denúncia de outro detento, de que os políticos estavam recebendo regalias na prisão.
Na cela em que o ex-senador Luiz Estevão divide com Dirceu foram encontradas barras de chocolate, diversas anotações e cinco pen drives, estes últimos, proibidos na cadeia. Luiz Estevão ainda teria tentado jogar os pen drives pela privada, porém a polícia conseguiu recuperar o dispositivo e vai periciá-lo.
Os policiais também encontraram vários documentos ligados a Luiz Estevão na biblioteca do presídio, que, de acordo com o delegado Thiago Boeng, parecia mais com um escritório pessoal. O delegado explicou que, ao ser abordado, o ex-senador ainda tentou despistar.
A polícia também quer saber o motivo de Luiz Estevão dividir a cela apenas com um detento, sendo que a média é de 7 pessoas por espaço.
Luiz Estevão foi condenado em 2006 a 31 anos de prisão por crimes cometidos no desvio de verbas na obra Fórum Trabalhista de São Paulo, mas só foi preso 10 anos depois, em 18 de novembro de 2016. Há tempos, o político está na mira dos investigadores que já se debruçam sobre um inquérito que apura a reforma irregular do bloco onde ele está detido.
Os policias também fizeram buscas na cela do ex-deputado Geddel Vieira Lima, onde encontraram documentos que passaram por perícia. Ele está preso desde 8 de setembro de 2017, acusado de embaraçar as investigações das Operações Cui Bono e Sépsis da Polícia Federal, que apuram desvios na Caixa Econômica Federal.