O filho “04” de Jair Bolsonaro, Jair Renan, foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso para conseguir um empréstimo bancário para sua empresa.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que Jair Renan tem três dias úteis para pagar a dívida de R$ 360 mil com o banco Santander.
Em um relatório, a Polícia Civil disse não haver dúvidas de que “as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas”.
Jair Renan e o instrutor de tiro Maciel Alves de Carvalho falsificaram os documentos da empresa RB Eventos e Mídia, ou Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, declarando um faturamento de R$ 4,6 milhões para conseguir o empréstimo.
Inicialmente, a dívida era de R$ 291 mil. Como Jair Renan não pagou nenhuma parcela, a dívida atual é de R$ 360 mil. Ele fechou a empresa dois meses depois de pegar o dinheiro.
“Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade […], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais”.
Em agosto de 2023, a Polícia Civil realizou operações de busca e apreensão em Brasília e Balneário Camboriú, em Santa Catarina, para investigar o caso.
A investigação ainda está sob sigilo, mas a Polícia Civil indicou, nas operações de busca e apreensão, que Jair Renan usou um “testa de ferro”, chamado Eduardo Alves dos Santos, para se esconder.
A investigação apontava “para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”.