O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo Sem Medo realizaram marchas contra a fome em, pelo menos, dez grandes cidades do país, no último sábado (13).
O coordenador nacional do MTST e pré-candidato pelo PSOL ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos, afirmou que o objetivo das manifestações é sensibilizar a população para a necessidade de garantir alimentos aos mais vulneráveis, mas também protestar contra o aumento no preço do gás de cozinha e da comida, contra o fim do auxílio emergencial e o fim do Bolsa Família.
“Milhões estão indo dormir à noite com fome todos os dias, situação que poderia ser evitada se o presidente não fosse Bolsonaro, com sua política genocida”, denunciou.
“Vamos seguir nas ruas. A fome não espera até as eleições”, afirmou Boulos.
Em São Paulo, os manifestantes se concentraram próximo à estação Paraíso do metrô e caminharam até a praça da Sé.
O ato na capital paulista terminou com a celebração de um ato ecumênico, conduzida pelo padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, pelo pastor Ariovaldo Ramos, coordenador nacional da Frente de Evangélicos Pelo Estado de Direito, entre outras lideranças religiosas.
“Belo encerramento da Marcha Contra a Fome na Praça da Sé, com ato ecumênico com @pejulio e distribuição de alimentos”, registrou Boulos nas redes sociais, no fim do ato.
Além de São Paulo e Rio de Janeiro, foram registradas manifestações em cidades como Belo Horizonte, Recife, Maceió, Aracaju, Ceilândia, Boa Vista e Montes Claros.
Ossos de boi, em referência às chocantes cenas de pessoas famintas em busca de ossos descartados e restos de comida em caminhões de lixo para se alimentar, também foram carregados pelos integrantes da marcha.