O presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, que é o principal apoiador da candidatura de Pablo Marçal, foi filmado entrando em um jatinho com um condenado por assalto a banco, Edilson Ricardo da Silva, e um investigado por ligação com o PCC, Tarcísio Escobar de Almeida.
A informação é de Paulo Capelli, colunista do jornal Metrópoles.
O próprio Leonardo Avalanche já admitiu, em uma gravação divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, que tem ligação com o grupo criminoso PCC, empregando um dos líderes da facção em Paraisópolis, e ajudando a soltar “André do Rap”.
Um vídeo mostra Leonardo Avalanche embarcado em um voo particular ao lado de Tarcísio Escobar de Almeida e Edilson Ricardo da Silva para viajar para Marília, onde participou do lançamento de uma candidatura do PRTB.
Tarcísio Escobar, que já foi presidente do PRTB de São Paulo, foi indiciado em 2023 por associação ao tráfico de drogas e organização criminosa. A investigação aponta que ele trocava carros de luxo por cocaína, em favor do PCC.
Ele agia junto com Júlio César Pereira, o “Gordão”, que também é filiado ao PRTB. Ligações e conversas encontradas pela investigação mostram Escobar e Gordão pedindo a outro criminoso ajuda para conseguir trocar os veículos de luxo por droga.
O objetivo deles era revender a cocaína.
Escobar foi presidente do PRTB por indicação da direção nacional do partido, mas deixou o cargo depois da repercussão negativa sobre suas ligações com o PCC.
Já Edilson Ricardo da Silva foi condenado, em 2023, por fazer parte de uma quadrilha que realizava assaltos a bancos e ataques contra a Polícia Militar. Em um dos roubos, ele levou caixas eletrônicos de uma agência bancária. Edilson chegou a ficar preso entre 2013 e 2014.
O próprio candidato Pablo Marçal já foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão por fazer parte de uma quadrilha que realizava fraudes bancárias.
Marçal era encarregado de captar e-mails de possíveis vítimas, que depois receberiam mensagens mentirosas sobre irregularidades no CPF, na declaração de Imposto de Renda e outros temas. O objetivo da quadrilha era que as vítimas passassem suas senhas.
Uma gravação mostra Pablo Marçal falando com o líder da quadrilha e se propondo a fazer o disparo das mensagens. “Não tem jeito de eu enviar de lá [do escritório da quadrilha]? Eu mesmo pôr para enviar os que eu estou pegando?”, sugeriu.