A solidariedade da população ao movimento dos caminhoneiros aumenta cada vez mais no sexto dia de paralisação. Veja mais aqui.
Na altura do km 279 da rodovia Régis Bittencourt (São Paulo), moradores de Embu das Artes, cidade próxima daquele ponto da estrada, doaram pão, água, Tubaína, mortadela e leite aos caminhoneiros em greve.
Um artista plástico contribuiu com o movimento também. O artista que leva no peito um crachá antigo da Rodoanel escrito “José Geronso” fez placas com as palavras de ordem da categoria. Entre elas estão “Fora Michel Rato Temer” até “Brasil 1º Mundo”.
Enquanto isso, o governo, impotente, continua com o lenga-lenga de que o movimento é um locaute (greve com apoio dos patrões). Alguns setores do PT também vieram com essa conversinha.
Mesmo se fosse, como diz o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, não importa discutir se a greve dos caminhoneiros é um locaute ou não. Para ele, o problema é a política de preços do governo Temer, que prejudica a Petrobrás, privilegiando as multinacionais e os acionistas estrangeiros da estatal. “Estamos vendo, na economia, a consequência real da política de uma empresa que trabalha como se fosse privada. As reações dessa política podem ser extremamente indesejáveis para a sociedade”, afirmou.
“O governo vai ter de definir uma nova política para a fixação do preço do combustível, e isso não necessariamente vai ser fácil”, disse.
Além do mais, se os patrões estão começando a fazer greve isso mostra o quanto essa política do governo é perniciosa para o país. Ela atinge trabalhadores e empresários e, mais dias menos dias, teriam que tomar uma atitude. Não é à toa o apoio amplo à greve dos caminhoneiros.