
Revolucionários “Houthis” iemenitas derrubam caça americano com drones
Como diz o ditado futebolístico, aperta que eles mesmo entregam. Foi assim no Mar Vermelho, onde um caça-bombardeiro F/A-18-Hornet caiu no mar na segunda-feira (28), do porta-aviões nuclear norte-americano USS Harry Truman, em meio a uma manobra de fuga brusca, comprovando que quem estava falando a verdade era o comando do Iêmen revolucionário, que anteriormente anunciou ter acertado o portento do poder naval ianque e o posto em modo de fuga.
Segundo a CNN, que citou uma autoridade dos EUA, “os relatos iniciais indicaram que o navio desviou para evitar um ataque dos Houthis, o que contribuiu para que o caça caísse no mar”.
Mais modesto, comunicado da Marinha dos EUA disse que o avião caiu no mar, arrastando consigo o trator de reboque, durante uma manobra de emergência, e que iria “investigar” o “incidente”. A tripulação teria sido retirada da água, com a moral um tanto molhada; um marinheiro ficou ferido.
Por uma notável coincidência, no mesmo dia o porta-voz das forças armadas iemenitas, Yahya Saraiya, anunciou que suas forças lançaram um ataque à frota de porta-aviões USS Truman com mísseis e drones e “forçaram com sucesso os navios inimigos a recuar para o norte”.
Recentemente, os assim chamados “houthis” já tinham derrubado uma meia dúzia de drones MQ-9 Reaper, que custam US$ 30 milhões cada. O F/A-18 custa US$ 60 milhões, enquanto os drones que atazanaram a vida do USS Harry Truman mal chegam a 50.000, segundo observação da CNN, e, conforme o portal chinês Guancha, menos de US$1000.
Assim, a façanha dos iemenitas, um dos povos mais pobres do planeta, pôs em debandada o porta-aviões nuclear de 100 mil toneladas e seu séquito, símbolo do século americano, agora mais para fim de feira.
“Os detalhes exatos da manobra do Truman para evitar o ataque não foram divulgados, mas fotos e vídeos do navio e de outros porta-aviões da classe Nimitz no site do Departamento de Defesa dos EUA mostram que essas embarcações enormes podem assumir uma inclinação substancial em uma curva de alta velocidade”, contou vantagem a CNN, acerca do fiasco.
Um certo ex-capitão da Marinha dos EUA, Carl Schuster, discorreu sobre como o F/A-18 foi para o fundo à CNN. Foi usada a “tática de zigue-zague”, tentando evitar um ataque de mísseis ou drones. Que consiste em uma série de curvas alternadas de 30 a 40 graus, 30 segundos em cada direção.
Mas a curva, explicou o velho marujo, “começa abruptamente”. É como dirigir um carro em zigue-zague. “‘O navio inclina-se cerca de 10 a 15 graus durante a curva, mas isso o afasta cerca de 100 a 200 metros de qualquer ponto-alvo provável’ se o navio estiver se movendo em velocidade máxima”.
O USS Truman só estava ali para dar escolta ao genocídio perpetrado por Israel em Gaza, já que os revolucionários iemenitas só andavam alvejando embarcações a serviço de Israel, por solidariedade aos palestinos, e durante o período em que o regime Netanyahu respeitou o cessar-fogo não atacaram ninguém.
O F/A-18 que foi fazer companhia aos peixes não é o primeiro abatido no Mar Vermelho. No dia 22 de dezembro passado, outro caça-bombardeiro do mesmo modelo foi abatido no que o Pentágono classificou de “raro episódio de fogo amigo”.
Após bombardear o Iêmen e voltar para o porta-aviões, perseguido por mísseis e drones, acabou sendo abatido pelo cruzador de mísseis teleguiados USS Gettysburg, que faz parte do grupo de escolta do USS Truman. Os pilotos conseguiram se ejetar e foram resgatados.
No início de abril, o ex-analista da CIA, Larry Johnson, citou a CNN quanto ao custo da “Operação Guardião da Prosperidade” no Mar Vermelho: US$ 1 bilhão. Metade disso é referente aos MQ-9 abatidos. E, nessa guerra de atrito, o custo de um único míssil “Standard-6” usado para interceptar os drones de mil dólares houthi ultrapassa US$ 1 milhão. É dele também a observação que os lançadores móveis que os houthis usam são virtualmente impossíveis de identificar e destruir antes que lancem um míssil ou drone. Os houthis – ele apontou – aperfeiçoaram a arte do atire-e-corra.