Porta-voz chinês zomba em charge da pressão de Washington para que Pequim ‘tome partido’

"Tome meu partido", diz a charge-denúncia apontada por Zhao Lijan, porta-voz do Ministério do Exterior da China (Composição HP)

“Quando os EUA pressionam outros para tomar partido, isso realmente significa… Tome (meu) partido!”, ironiza Zhao Lijian

O porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, publicou no sábado (2) uma charge no Twitter em que zomba dos ‘pedidos dos Estados Unidos para tomar o partido’.

Na charge postada na conta oficial do diplomata no Twitter, uma mão pintada com as cores da bandeira norte-americana segura uma pistola na cabeça de uma pessoa.

O comentário é uma evidente reação às pressões de Washington contra a recusa de Pequim de se sujeitar às sanções contra a Rússia decretadas pela Casa Branca.

Não é a primeira vez que Zhao ironiza com charges as declarações e ações de Washington. Assim, em fevereiro ele publicou uma imagem na qual Tio Sam pergunta “Por que a China não faz mais esforços para apagar o fogo?”, ao mesmo tempo em que joga gasolina no fogo em torno de uma placa com a inscrição “Ucrânia”. Na opinião do diplomata, são os EUA que devem se perguntar quem começou tudo isso.

A Casa Branca declarou repetidamente que queria que Pequim condenasse as ações das autoridades russas no conflito na Ucrânia. Nesta semana, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, igualmente reivindicou de Pequim que ficasse do lado de Kiev.

A China ressalta que mantém uma posição neutra a respeito da crise ucraniana. O presidente Xi Jinping expressou seu apoio ao diálogo entre a Rússia, Europa, EUA e Otan para superação de todas as controvérsias acumuladas por anos – entenda-se a expansão da Otan até às fronteiras russas nas últimas três décadas – e que conduza à criação de uma estrutura da segurança europeia equilibrada, eficaz e estável e traga uma solução negociada na Ucrânia.

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