A prefeita da capital de Porto Rico, San Juan, Carmen Yulín Cruz, afirmou na sexta-feira passada que a quantidade de mortos pelo furacão que atingiu a Ilha é, na realidade, muito maior que os números oficiais declarados pelo Governo.
Segundo um comunicado do governo de Porto Rico divulgado no dia 1 de novembro, a quantidade de pessoas que morreram é de 54, porém o número real de mortos pode ser de quase 500, revelou Yulín Cruz quando interrogada sobre a questão.
Muitas vítimas do furacão não foram incluídas nesse número devido a que as causas do óbito não se registraram corretamente ou “foram catalogados como mortes naturais”, avaliou.
“Quando pessoas dependeram, por exemplo, de um respirador artificial, e não havia energia elétrica, o pequeno gerador que havia se descarrega, e pessoas morrem por causas ditas naturais, mas isso está relacionado com a falta de eletricidade provocada pelo sinistro”, disse.
De acordo com uma declaração emitida em 28 de outubro pelo governo de Porto Rico, 911 corpos foram cremados nas semanas posteriores ao furacão María foram considerados resultado de causas naturais. Porém, a media de cremações na ilha no mesmo período de tempo é aproximadamente a metade, informou Yulín Cruz.
Sobre os porto-riquenhos que sobreviveram à tormenta, as condições de vida continuam sendo nefastas, assinalou a prefeita, e admitiu que muitas pessoas ainda estão sem eletricidade, com suas moradias destruídas e sem serviços mínimos.