Com uma abstenção de 47,2% dos eleitores,mais 5,5% entre nulos e brancos, foi eleito Ivan Duque, o indicado do ex-presidente Álvaro Uribe, que manteve a Colômbia fracionada por uma guerra de guerrilhas que já durava 53 anos. Duque chegou a perto de 54% dos votos (ou seja, com apoio de pouco mais de 28%, dos eleitores).
A campanha de Duque foi de ameaças ao acordo de paz que levara as Farc a depor armas e tornar-se uma corrente política. Um acordo patrocinado pelo presidente Santos.
Apoiadores de Duque brandiram o espantalho da crise venezuelana, dizendo que o candidato Petro (que obteve pouco mais de 46% dos votos válidos) traria resultados equivalentes.
É verdade que Petro chegou mais perto que candidaturas anteriores contra o campo direitista mas, muito provavelmente pela dificuldade em defender tanto a conquista da paz com as Farc como em responder à comparação de sua vertente com o desastre do governo Maduro, no país vizinho, não conseguiu vencer.
Petro limitou-se, durante a campanha, a dizer que “não faria um governo ditatorial como o da Venezuela”, vacilando em se afastar da nefasta destruição da economia por Maduro.
Duque mostrou o que vai fazer com o dinheiro público que Colômba: reduzir impostos aos empresários para atrair “investimentos externos”, em outras palavras, aprofundar a desnacionalização.
A relação entre as propostas de Duque e as que levaram ao atoleiro macrista na Argentina não foram mostradas por Petro. Agora, o que se pode dizer de um governo que promete medidas antipopulares e que Obteve exíguo apoio, é que quando Macri saúda Duque pela “vitória” poderia perfeitamente acrescentar: “Eu sou você amanhã”.