No sábado, 28, multidões de iemenitas prestaram homenagem ao presidente assassinado pelos agressores genocidas da Arábia Saudita com apoio e armamento norte-americano.
Saleh Al Samad, morreu quando, no dia 19 de abril, após um pronunciamento ao povo na cidade portuária de Hodeidah, teve seu caro atingido por três mísseis disparados por caças sauditas.
O funeral, cujas fotos e vídeo mostram, intensa e determinada participação popular e, segundo agências iemenitas, contou com manifestações populares não apenas na capital Sanaa, mas em 70 praças distribuídas pelo Iêmen.
Na sua nota, o Conselho Político Supremo declara que essa participação popular dá um recado claro aos agressores:
“A multidão se reuniu em torno da Mesquita Al Sabe’en. Com esse gesto, o povo se posicionou em apoio à liderança do Iêmen que enfrenta o inimigo brutal que tem desencadeado uma guerra contra o Iêmen há três anos.
“Somos o povo iemenita e temos todo o direito de determinar nosso destino e futuro.
“Seja como nos queiram chamar, somos os iemenitas. Estamos escolhendo nossos líderes. Não damos este direito ao rei da Arábia Saudita. Nenhuma potência imperialista no mundo pode nos fazer abrir mão de nossos direitos”.
A despedida teve, além da participação do presidente eleito pelo Conselho Político Supremo, em substituição a Samad, Mahdi al Mashat, do presidente do Conselho dos Comitês Revolucionários, Muhamad Ali al-Houthi, a presença de lideranças políticas, líderes de tribos, e religiosos.
Em matéria publicada no portal iemenita NTHNEWS, destaca-se que o ex-presidente assassinado, Al Samad, que tomava parte nas negociações pela paz com o enviado especial da ONU ao Iêmen, Martin Griffits, era “determinado e profundamente imbuído da cultura iemenita desenvolvida por milhares de anos”.
“Ele era um homem determinado”, descreve o noticioso iemenita, “uma personalidade profunda em um político altamente qualificado e um iemenita humilde e de coração puro amado por toda sorte de cidadãos do país”.
“O heroico presidente Saleh al Samad tinha, imbuídas em sua personalidade, a cultura, a coragem e a sabedoria iemenitas desenvolvidas por milhares de anos.
“Samad”, prossegue informando o portal NTHNEWS, “foi eleito em 15 de agosto de 2016, pelo Conselho Político Supremo, uma coalizão de entidades políticas, tribais e populares que se unem contra a agressão saudita. Foi reconhecido pelo parlamento iemenita no dia 16.
“Sua legitimidade foi conferida pelo povo iemenita em demonstração massiva em apoio ao governo eleito, realizada no dia 20 de agosto daquele ano.
“Apesar da agressão e bloqueio, o presidente Al Samad trabalhou duro para reviver as instituições iemenitas incluindo os organismos de segurança, além da indústria civil e militar”, conclui o portal.
NATHANIEL BRAIA