Milhares de manifestantes saíram às ruas do Rio de Janeiro na manhã deste sábado (24), em protesto contra Jair Bolsonaro. Os manifestantes pediram o impeachment do presidente, vacinação já para todos, aumento do auxílio emergencial para R$ 600 e empregos.
Participaram do ato diversos movimentos da sociedade civil, centrais sindicais, sindicatos, entidades estudantis, artistas, partidos e lideranças políticas.
Os manifestantes se concentraram por volta de 10:30h em frente ao Monumento a Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, e seguiram em direção à Candelária. A manifestação ocupou três pistas da Avenida Presidente Vargas.
Os organizadores do protesto denominaram o ato como “dia de unir o país em defesa da democracia, da vida dos brasileiros e do fora Bolsonaro”.
Seis caminhões de som, de várias entidades, conduziram a passeata até a Praça da Candelária. Batucadas, bandas e blocos, como o do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro – que também se manifestavam contra a privatização da estatal -, animaram o “fora Bolsonaro” e “Bolsonaro miliciano” entoado pelos manifestantes.
“Cada vez mais o povo vê que esse governo é corrupto, é responsável por mais de 540 mil mortes e pelo desemprego. O Brasil se levanta cada vez mais”, disse ao UOL o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Paulo Farias.
Em determinado momento da manifestação, os atores Paulo Betti, a jornalista Hildegard Angel, as atrizes Dira Paes e Júlia Lemmertz entre outros, saíram à frente da passeata ao lado de outras lideranças. Estavam presentes também o músico Toni Belloto e a atriz Malu Mader.
A deputada federal Jandira Feghali afirmou: “Tá cada dia maior! Artistas, sociedade e todos pelo impeachment imediato do corrupto genocida!”.
O ator Paulo Betti, que esteve em todos os últimos atos contra Bolsonaro, afirmou que “é excitante exercer o dever pela democracia. Manifestação sempre estou dentro”, disse.
A jornalista Hildegard Angel, que é filha da estilista Zuzu Angel e irmã de Stuart Angel, ambos assassinados pela ditadura, afirmou que essa “resistência é necessária e inadiável para salvar o Brasil dos horrores de Jair Bolsonaro, enquanto há tempo!”.
Para a enfermeira aposentada, Sara Miranda, de 71 anos, presente ao protesto com as Filhas de Gandhi, tradicional grupo folclórico do Rio, “esse governo trata a vida com descaso”.
“Sou aposentada depois de 34 anos de trabalho. De forma geral, nenhum aposentado tem aumento. Esse governo trata a vida com descaso. A vida não é copo descartável”, afirmou.