O senador Cid Gomes (PDT-CE) e os dirigentes do Partido Pátria Livre (PPL), Uldurico Pinto, Márcio Cabreira, o deputado federal Uldurico Júnior (PPL-BA) e André Ramos, presidente do PPL-CE, se reuniram nesta quarta-feira (7) para analisar o quadro político criado no país após as eleições de outubro. Eles concordaram que o governo Bolsonaro, além de não representar alternativa para a crise do país, pode transformar-se num risco aos direitos democráticos já consolidados há mais de trinta anos.
Cid Gomes defendeu a criação de uma ampla frente democrática que terá a tarefa de defender o país dessas possíveis ameaças contra a democracia. Os dirigentes do PDT e PPL concordaram com a necessidade de que vários partidos políticos do campo da oposição ao governo se unam nesta frente para impedir a volta do arbítrio e os retrocessos nos direitos sociais ameaçados.
Foram citados como exemplo de partidos que poderão se somar, já num primeiro momento, nesta frente de oposição, além dos dois interlocutores, o PSB, o PPS, o PV, a Rede, o PCdoB e setores do PSDB. Segundo os participantes da reunião, outros partidos deverão se somar à frente democrática com o avanço do processo político. Discutiu-se, inclusive, que este campo da oposição, tanto na Câmara, quanto no Senado, já deve ir se conformando no processo de eleição para as respectivas mesas diretoras das duas casas.
Na avaliação do senador pedetista e também dos dirigentes do PPL, as medidas aventadas pela equipe econômica de Bolsonaro não apontam no sentido da resolução dos graves problemas por que passa o país e a população brasileira. Pelo contrário, avaliam o senador e os dirigentes do PPL, elas apontam no sentido contrário, do agravamento da situação.
Diante dessas perspectivas, Cid Gomes e os integrantes do PPL enfatizaram a importância dessa aproximação dos partidos para uma ação parlamentar coordenada na Câmara e no Senado. Foram também analisadas as várias possibilidades de fusão e incorporação entre partidos políticos, tendo em vista que quatorze partidos não suplantaram a cláusula de barreira imposta ao país pela última legislação eleitoral.