Depois de lançar sua pré-candidatura a presidente em São Borja na quarta-feira, o ex-deputado João Vicente Goulart, filho do ex-presidente da República, o saudoso Jango, deposto pela ditadura, visitou Santa Maria (RS), nesta quinta-feira (1). Ele disse que as eleições deste ano têm importância fundamental para resgatar “as propostas nacionalistas, que são as propostas do trabalhismo de Jango e Getúlio Vargas”.
“Eram pontualmente 17 h desta quinta-feira quando João Vicente atravessou o Viaduto Evandro Behr e se aproximou dos militantes do PPL que empunhavam grandes bandeiras nas cores verde e amarelo. Bastou algumas pessoas em volta comentarem que aquele era o filho de João Goulart, o ex-presidente Jango, desposto pela Ditadura Militar, para que diversos santa-marienses pararem para cumprimentá-lo e, claro, fazerem o registro fotográficos em seus smartphones”, relatou o jornalista Maiquel Rosauro, que cobriu a visita de João Vicente à Santa Maria e o entrevistou.
Antes de conversar com os moradores de Santa Maria, João Vicente e o presidente do PPL- RS, Werner Rempel se reuniram com o reitor da Universidade Federal de Santa Maria, professor Paulo Afonso Burmann, e discutiram as saídas para a crise no país e no sistema universitário brasileiro.
Para João Vicente, que já está andando pelo país inteiro para apresentar sua pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Pátria Livre (PPL), “esses direitos que estão sendo perdidos atualmente foram conquistados na época de Getúlio, com a CLT, por Jango, quando ele implantou o décimo terceiro. Essas conquistas, que não são do PT, do PSB, do PCdoB, são nossas, do trabalhismo. E nós temos que lutar por elas. E o PPL está disposto a isso”, afirmou João Vicente.
“Temos uma trajetória histórica, um longo exílio nas costas e a memória do povo brasileiro sobre o que ocorreu em 1964. Foi um retrocesso, queríamos construir uma nação brasileira, mas o projeto foi inviabilizado naquele momento. O golpe em si não foi contra o presidente, mas contra um projeto de nação que estava em construção naquele momento, com reformas que modificariam a estrutura do país”, afirmou João Vicente, citando, entre as reformas, a Agrária, a Tributária e a Bancária.
“Até hoje, os grandes conglomerados financeiros mantêm o crédito em mãos. Há 20 anos tínhamos uns 30 bancos, hoje quatro conglomerados privados detêm 75% dos ativos da nação. Dizem que é o mercado livre, porém é um monopólio com dinheiro da poupança pública e só distribuem para as subsidiárias que lhes interessam”, declarou João ao jornalista do site, Maiquel Rosauro, que acompanhou a travessia de João Vicente pelo Centro da cidade.
“O pré-candidato a presidente pelo Partido Pátria Livre (PPL) deu atenção a todos que se aproximaram, passeou no Calçadão com o ex-candidato a prefeito Werner Rempel (PPL), tomou café na Boca Maldita, fez um afago nos cães de rua, que sempre ficam em volta das aglomerações no Centro, e ainda participou de um ato do partido no Viaduto Evandro Behr“, descreveu Rosauro. “Goulart deixou uma boa impressão em Santa Maria“, avaliou o jornalista.
Entre as reformas que foram interrompidas, João Goulart destacou, na entrevista, a Lei de Remessa de Lucros. “Os grandes conglomerados hoje são financeiros, não só os bancos. As joint-ventures, como Casas Bahia e Ricardo Elétrico, o lucro está no oligopólio e não na venda do eletrodoméstico. Está na venda no mercado financeiro, na venda a prazo em 36 meses. A produção é subjugada ao mercado de capitais. Quando dizem que a Bolsa de Valores subiu ou desceu, trata-se de uma balela do mercado financeiro”, denunciou.
“Os números de uma nação rica é o pleno emprego, a educação, a saúde pública, a situação sanitária das pessoas. Isso é que buscamos nesse momento. O resgate não só da história, mas o resgate do sonho de uma nação livre”, destacou o pré-candidato. Sobre seu partido, João Vicente ressaltou seu papel no combate à ditadura. “O PPL lutou contra a ditadura, está em construção, vem do MR8 que lutou contra o arbítrio e está em posição de vanguarda no que tange a colocar em pauta as propostas nacionalistas, que são as propostas do trabalhismo de Jango e Getúlio Vargas”, disse. ”
“O PPL está disposto a lutar. Claro que temos dificuldade. Hoje somos um partido que não temos deputado e senador. O que por uma parte também é bom, nos trás uma tranquilidade, pois não estamos comprometidos com o congresso que ai está. A dificuldade está em uma campanha sem fundo eleitoral e participação na TV, mas a luta se constrói passo a passo”, afirmou João Vicente.
Filho de Jango, João Vicente Goulart, candidato a presidente da República pelo PPL, faz caminhada no centro de Santa Maria. Foto Maiquel Rosauro
Se João Vicete for um idealista candidato à Presidente, eu votarei nele, mesmo porque sendo um idealista deverá conduzir o Brasil com ideais trabalhistas e de liberdade de vida comum.
estou com receios fundados. O STF está com melancia pendurada no pescoço e sua decisões política ficam como poder de Pôncio Pilatos ,,,LAVAR AS MÃOS chega de indecisões de caráter…
Mas até que o resultado final, apesar de apertado, não foi ruim, leitor.
Eu acredito nos ideais do João Vicente Goulart chega de corrupção e de candidatos com traços nazistas no Brasil.
Mudança! É chegada a hora. Farei propaganda de graça. Todas minhas redes sociais.
Precisamos de pessoas de coragem e honestas que nos representem, o povo clama em ter opção de voto. Vamos eleger o novo sem vícios