O presidente Lula afirmou que quem está causando queimadas “está cometendo um crime contra a legislação e contra a economia brasileira” e defendeu “investigar e punir todos os responsáveis por incêndios criminosos”.
Lula comentou em suas redes sociais que há indícios de que muitas das queimadas são criminosas.
“Só no Rio de Janeiro, 20 pessoas foram presas por atear fogo na vegetação”, apontou. Em São Paulo, foram presos 23 criminosos que realizaram queimadas.
“O cidadão que resolve provocar queimadas desnecessariamente está cometendo um crime contra a legislação e contra a economia brasileira”, escreveu o presidente.
“Não estamos para brincadeira. Levamos muito a sério a questão ambiental. Uma pessoa importante na convocação do 7 de setembro na Avenida Paulista afirmou que o Brasil ‘vai pegar fogo’. Precisamos investigar e punir, com o rigor da lei, todos os responsáveis por incêndios criminosos”, completou. Lula se refere a uma publicação feita pelo pastor bolsonarista Silas Malafaia na qual escreveu que o Brasil “vai pegar fogo”.
Na terça-feira (17), o governo federal anunciou a liberação de R$ 514 milhões em crédito extraordinário para ações de combate a queimadas.
A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, avaliou que “as penas hoje são inadequadas para combater àqueles que desrespeitam a lei e usam o fogo criando essa situação dramática no nosso país, porque a pena é de dois a quatro anos de prisão”.
“Quando a pena é leve, às vezes ela é transformada em algum tipo de pena alternativa. E ainda você tem uma atitude como de alguns juízes, que relaxam completamente a pena. Ou seja, tem um crime contra o meio ambiente, um crime contra a saúde pública, um crime que está sendo praticado contra o patrimônio e a economia brasileira, e temos uma pena que é muito leve”, denunciou.
“Por isso estamos trabalhando para a elevação da pena. Tem projetos de lei no Congresso Nacional, que estabelece que o fogo com intenção de queimada deve ser considerado um crime hediondo. E aí você vai ter uma pena muito mais forte”, defendeu.