A Polícia Civil do Rio Grande do Norte apurou que os mandantes do assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira, e do pai dele, Sandi Oliveira, ocorridos em agosto, durante a campanha eleitoral, foram a vice-prefeita afastada, Damária Jácome (Republicanos), a sua irmã, a vereadora Leidiane Jácome, e um pastor de 27 anos que atuava em uma igreja evangélica da região.
O pastor, cuja identidade não foi revelada, foi o único preso na sexta-feira (27), em uma nova fase da investigação do crime, a “Operação Profanos”, conduzida pela 76ª Delegacia de Polícia de Alexandria. As irmãs Damária e Leidiane também tiveram prisão decretada, mas estão foragidas.
Segundo o delegado da Polícia Civil do Oeste, Alex Wagner, o prefeito começou a receber ameaças logo após a posse, em 2021, e renunciou ao cargo. A partir daí, a vice-prefeita foi afastada do cargo.
Ainda de acordo com o delegado, em 2022, Marcelo, junto com seu pai e um irmão, já haviam escapada de outra tentativa de assassinato. “Isso gerou já uma beligerância, uma cisão política e também pessoal”, diz o delegado.
A Polícia Civil do RN afirma que a família de Damária e Leidiane tinha envolvimento com tráfico internacional de drogas, e que dois de seus irmãos foram mortos em confronto com a polícia. Conforme o delegado, a família de Damária imputa ao ex-prefeito as ações policiais.
“Ele estaria entregando todas as localizações dessas pessoas. Recentemente, a gente vê uma nova disputa política entre eles, agora com Damária candidata a prefeita”, diz.
Damária foi candidata em 2024, mas perdeu a disputa para a viúva do prefeito, Fatinha de Marcelo (União Brasil).
O delegado explicou ainda que a participação do pastor se deu na organização da logística do crime, que inicialmente cogitava-se acontecer durante um culto.
“Ele que encontrou o melhor local para cometer o crime, além do momento mais adequado”, afirma o delegado. Conforme o delegado, “eles acabaram encontrando um melhor momento, quando eles estavam fazendo uma campanha política, visitando a casa dos moradores”, explica.
Inicialmente, diz, cogitou-se cometer o assassinato de Marcelo durante um culto, mas a ideia foi abortada. “Eles acabaram encontrando um melhor momento, quando eles estavam fazendo uma campanha política, visitando a casa dos moradores”, explica.
Marcelo Oliveira, que era candidato à reeleição, foi morto junto com seu pai enquanto fazia campanha na zona rural do município. A morte do prefeito causou comoção no Rio Grande do Norte. Na época, a governadora Fátima Bezerra (PT) prometeu todo empenho para elucidar o crime.
Se fosse um candidato que tivesse apoiado o Lula ia ser chamado de vice Lulista na manchete?
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