Prefeito, vice, primeira-dama e vereadores são presos por desvio de R$ 56 milhões em Turilândia, MA

Gaeco aponta Paulo Curió como líder de organização criminosa e a primeira-dama Eva Curió como operadora financeira do esquema - Foto: Reprodução

O prefeito de Turilândia (MA), Paulo Curió (União Brasil), o vice, a primeira dama do município, Eva Curió, e 20 vereadores foram presos, em uma investigação que apura um esquema milionário de desvio de recursos públicos.

De acordo com o Ministério Público do Maranhão (MP-M), além deles, também integram a organização criminosa, responsável por desviar R$ 56 milhões dos cofres públicos, praticamente todos os políticos do município, e vários empresários, entre os quais um ex-vereador, a ex-vice-prefeita Janaina Lima e o marido dela, Marlon Serrão; além do contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros, servidores públicos, entre outros.

Segundo o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Fernando Berniz, a Operação Tântalo II, deflagrada na segunda-feira (22), investiga o esquema que envolve empresas criadas de forma fictícia pelo prefeito e seus aliados para desvio dos recursos públicos.

“Na Câmara, todos os vereadores faziam parte do esquema, recebendo dinheiro desviado diretamente ou através de parentes”, afirmou Berniz.

O prefeito Paulo Curió, sua mulher, e outros membros da quadrilha estavam foragidos e foram presos após se entregarem na quarta-feira (24).

Conforme o MP-MA, nem todos os envolvidos tiveram mandados de prisão expedidos – caso dos vereadores, que tiveram a prisão preventiva convertida para domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica -, para preservar a continuidade da vida administrativa do município.  

“A Justiça preferiu transformar as prisões dos vereadores em domiciliar ou tornozeleira para não interromper as atividades em Turilândia, já que agora o presidente da Câmara terá que assumir o cargo de prefeito”, esclareceu o promotor.

No total foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão em São Luís e outros municípios, por prática de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

De acordo com o procedimento investigatório, o esquema, montado através de contratos fraudulentos com empresas de fachada, que eram usadas como laranjas para desvio de dinheiro, teria ocorrido durante a gestão do prefeito Paulo Curió, entre 2021 e 2025. 

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