
Total de prefeitos presos durante a Operação Mensageiro chega a 15
Chegou a 15 o número de prefeitos presos durante a Operação Mensageiro, que apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Prisões equivalem, atualmente, a 5% de todos os prefeitos de Santa Catarina e envolvem sete partidos.
Na quinta-feira (27), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deflagrou a quarta fase da investigação, onde foram cumpridos 18 mandados de prisões preventivas e 65 de buscas e apreensão nas regiões Sul, Planalto Norte, Alto Vale e Vale do Itapocu.
Os prefeitos que foram detidos nesta quinta-feira (26), são: Luiz Carlos Tamanini (MDB), prefeito de Corupá; Adriano Poffo (MDB), prefeito de Ibirama; prefeito Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira; Armindo Sesar Tassi (MDB), prefeito de Massaranduba; Patrick Correa (Republicanos), prefeito de Imaruí; Luiz Shimoguri (PSD), prefeito de Três Barras; e Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo e o prefeito de Schroeder, Felipe Voigt (MDB).
Também alvo de mandado de prisão, o prefeito Luis Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, não foi encontrado. Ele está na Europa, em viagem familiar, segundo a prefeitura.
O prefeito de Lages, Antônio Ceron, foi solto mediante ao uso de tornozeleira eletrônica por causa de problemas de saúde.
Além disso, já tinham sido presos nas fases anteriores Deyvisonn Souza (MDB), de Pescaria Brava; Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva; vicente Corrêa Costa (PL), prefeito de Capivari de Baixo; Marlon Neuber (PL), prefeito de Itapoá; Joares Ponticelli (PP), prefeito de Tubarão; Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages; e Antônio Rodrigues (PP), prefeito de Balneário Barra do Sul.
Também estão entre os detidos na quarta fase da operação o vereador de Três Barras Edenilson Engel (PSD); diretor da Águas de Guaramirim, Osni Denker; secretária de Administração e Finanças de Guaramirim, Patrícia Malko; secretário municipal de Administração de Ibirama, Fábio Fusinato; e superintendente do Serviço de Abastecimento de Água e Tratamento de Esgoto (Saate) de Presidente Getúlio, Edson Staloch.
A operação está sendo realizada nos municípios de Imaruí, Presidente Getúlio, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte, Massaranduba.
Os pedidos de ação desta quinta-feira (26), foram feitos pelo Ministério Público de Santa Catarina após a análise dos depoimentos de testemunhas, dos investigados e das provas coletadas nas primeiras fases da Mensageiro.
Ainda nesta quinta-feira, dois prefeitos viraram réus no processo: Marlon Neuber (PL), de Itapoá, e Joares Ponticelli (PP), de Tubarão.
ESQUEMA DE CORRUPÇÃO
A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) começou há cerca de um ano e meio, após delações premiadas, rastreamento de celulares e apurações de documentos. Na 1ª fase, em 6 de dezembro de 2022, quatro prefeitos foram detidos.
Já na 2ª fase, em 2 de fevereiro de 2023, dois prefeitos foram presos. Na 3ª fase, o prefeito de Tubarão teve o mandado de prisão preventiva cumprido junto com o vice. Na 4ª fase, na quinta, foram presos oito chefes do executivo municipal.
De acordo com as investigações comandadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma empresa catarinense seria a responsável por pagar propina para agentes públicos no estado para ter acesso a licitações em diferentes municípios.
Um empresário seria o responsável pela interlocução com agentes públicos para a negociação de propina. Esse “mensageiro” não trabalharia mais na empresa há 10 anos, mas fazia o papel de interlocutor com os agentes públicos.
A Serrana Engenharia, suspeita de fazer parte do esquema, manifestou-se por nota no início de abril: “O Grupo informa que tem histórico de mais de 30 anos de excelente execução dos contratos administrativos e todos os fatos imputados à empresa na Operação Mensageiro não possuem relação com a qualidade da prestação dos seus serviços aos municípios e a população.”
A empresa se disse “ciente da importância de rever seus processos internos e afirma que está implantando programas de integridade e regulação interna” e “que segue colaborando e acompanhando os trâmites de todos os processos relacionados à Operação Mensageiro.”
Já na quarta fase da Operação Mensageiro, em 27 de abril, o grupo disse em nota que se manifestaria exclusivamente nos processos da operação “em respeito ao sigilo judicial”.
os tres estados do sul(rs,pr,sc),além do preconceito escancarado,foram infectados pelo vírus do bolsonarismo, que prega o ódio, a violencia, o fascismo e agora abriga corruptos da mais alta periculosidade.
As investigações devem avançar para apresentar toda possibilidade de corrupção essa é a diferença entre esquerda e direita, não tenho político de estimação!….. interessante o link que fazem sobre o Bolsonaro, típico das últimas mentiras ou fakenews derrubadas pela verdade, mas sempre é bom investigar e deixar claro todos os FATOS!
Então, investiguemos para apurar a corrupção – e colocar os corruptos na cadeia. Tal como você quer.