Prefeitos exigem demissão de Ernesto Araújo por “trapalhadas e atitudes destrutivas”

O chanceler de Bolsonaro, Ernesto Araújo. Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) emitiu uma nota pública em que pede a demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelas suas “trapalhadas e atitudes destrutivas” na condução da política externa do país.

A FNP enfatiza que “o cenário de enfrentamento à pandemia da COVID-19 tomou contornos catastróficos no país” e a atuação do ministro dificulta a aquisição de vacinas ao hostilizar a Organização Mundial da Saúde (OMS) e países parceiros que fornecem imunizantes.

“Agora, veio à tona sua postura contrária ao ingresso do Brasil no consórcio global Covax Facility, que entregou um milhão de doses de vacina AstraZeneca/Oxford em 21 de março e ainda deverá entregar outras 41 milhões”, diz a entidade. O consórcio global Covax Facility tem o apoio da OMS.

Araújo é discípulo do astrólogo de Virgínia (EUA), o tresloucado Olavo de Carvalho, que prega o negacionismo e a ditadura.

A FNP reúne os 412 municípios com mais de 80 mil habitantes (estimativa do IBGE 2020), alcançando a representação de todas das capitais brasileiras, 61% dos habitantes e 74% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Leia a nota da FNP na íntegra:

NOTA DA FNP

A POSTURA DIPLOMÁTICA BRASILEIRA COMPROMETE O ENFRENTAMENTO À PANDEMIA

O cenário de enfrentamento à pandemia da COVID-19 tomou contornos catastróficos no país. O desenho de tragédia está estabelecido, há insuficiência de doses de vacinas, aumento incontrolado de novas variantes do vírus, falta de leitos, escassez de oxigênio e medicamentos, além de uma diplomacia que tem cometido repetidos desatinos, em um momento no qual o apoio internacional é indispensável.

O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, já apresentou um leque diverso de trapalhadas e atitudes destrutivas. Agora, veio à tona sua postura contrária ao ingresso do Brasil no consórcio global Covax Facility, que entregou um milhão de doses de vacina AstraZeneca/Oxford em 21 de março e ainda deverá entregar outras 41 milhões. Forçoso destacar que o país poderia ter optado, neste arranjo multilateral liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pela compra de 168 milhões de doses, quatro vezes mais do que o contratado.

Ocorre que neste momento de pandemia não há espaço para o que vem sendo relevado desde a posse do atual Ministro. Diante disso, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) registra sua apreensão e preocupação com esse contexto. Clama, portanto, para que o governo federal assuma sua responsabilidade, substitua o Ministro e reverta a política externa desastrosa que vem adotando. É premente a necessidade de medidas tempestivas para tentar recuperar a imagem do país no exterior, sob pena de comprometer, ainda mais, a inescapável e urgente aquisição de vacinas contra o coronavírus.

Brasília, 26 de março de 2021.

Frente Nacional de Prefeitos

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