Derrubada do governo Scholz em 16 de dezembro tornou inevitável a dissolução do Parlamento
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, dissolveu nesta sexta-feira (27) o Parlamento e convocou eleições antecipadas para 23 de fevereiro de 2025. É o resultado do colapso da coalizão do chanceler Olaf Scholz.
Scholz liderava uma coalizão de três partidos, mas após demitir seu ministro das finanças, Christian Lindner, acusando-o de só se preocupar com os próprios interesses e não os da Alemanha, sua coalizão entrou em colapso e em 16 de dezembro, após uma nova derrota para Scholz quando perdeu o voto de confiança no parlamento. Segundo o presidente alemão, é a única forma de se ter um governo estável.
Christian Lindner, é líder do Partido Democrático Liberal e depois de várias derrotas nas eleições estaduais, projeções mostraram que seu partido pode não atingir a cláusula de barreira para o parlamento nas próximas eleições legislativas, anteriormente marcadas para setembro de 2025.
“É precisamente em tempos difíceis como estes que a estabilidade requer um governo capaz de agir e uma maioria confiável no parlamento”, disse o presidente alemão. “Portanto, estou convencido de que, para o bem do nosso país, novas eleições são o caminho certo.”
A política econômica de Scholz vem sendo um desastre para a Alemanha por seu apoio incondicional à à escalada da guerra na Ucrânia contra a Rússia. Como a indústria alemã cresceu durante anos sob a dependência do gás russo barato, a submissão do governo Scholz a Washington obrigou Berlim a rejeitar o gás russo e pendurar-se no gás caro dos EUA. Com isso, o Tio Sam ficou feliz mas a Alemanha foi empurrada para a recessão, com queda da producão industrial e elevação do preço da energia, o que acabou levando a economia para a UTI e o governo Scholz foi derrubado.
A popularidade de Olaf Scholz é uma das mais baixas já registradas para um líder alemão, com apenas 18% de aprovação, de acordo com pesquisa publicada em setembro pela Infratest Dimap.