
“Atendemos a última exigência do Ibama”, declarou Magda Chambriard, sobre a entrega da Unidade de Atendimento e Reabilitação no Oiapoque (AP), uma das exigências do órgão para a liberação da licença ambiental à Petrobrás
A Petrobrás já enviou quatro cartas ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informando que “está tudo pronto” para a fiscalização do centro de despetrolização da fauna no Oiapoque, o que seria a última exigência do Ibama para liberação do licenciamento ambiental à pesquisa exploratória de petróleo na Margem Equatorial – em águas profundas na costa do Amapá, a 540 km da Foz do Amazonas. No entanto, o órgão ainda não respondeu à estatal.
“Atendemos a última exigência do Ibama, que é mais um centro de despetrolização da fauna. Já há um em Belém, teremos mais um no Oiapoque. É o maior plano de emergência individual já feito no mundo para atender a eventual contenção em águas profundas e ultraprofundas”, afirmou Magda Chambriard, presidente da Petrobrás, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, quinta-feira (15).
“Como entregamos tudo logo no início de abril e estamos em maio, toda semana avisamos ao Ibama: ‘olha, está tudo pronto aqui’. Esta é a quarta carta informando que estamos prontos para ser fiscalizados”, ressaltou a presidente da Petrobrás.
Desde junho de 2023, a Petrobrás aguarda uma reavaliação do Ibama sobre a negativa da licença para estudos no bloco FZA-M-59, no litoral do Amapá – considerado o de maior potencial entre os 42 blocos da Margem Equatorial brasileira.
“No início de abril, logo nos primeiros dias de abril, ele (centro de despetrolização) foi autorizado ambientalmente pelo Instituto Amapaense, que é responsável pelo licenciamento ambiental em terra”, disse a presidente da Petrobrás. “Avisamos o Ibama que estamos prontos para a fiscalização dessa área”, ressaltou Magda Chambriard.
“Falta a fiscalização do Ibama desse centro e, após isso, uma autorização para uma licença pré-operacional, que é um grande exercício que a gente faz para provar que todos os equipamentos estão em ordem e no local correto para que se possa, então, a partir daí, autorizar a perfuração da máquina”, explicou.
MARGEM EQUATORIAL
“Há uma bacia sedimentar que se chama Foz do Amazonas (FZA) e colhemos o infortúnio do nome. Porque, na verdade, o que queremos perfurar são águas profundas do estado do Amapá, a 540 quilômetros da Foz do Amazonas. Só para você ter uma ideia do que é isso, isso é o dobro da distância do pré-sal para a praia de Copacabana e Ipanema”, observa a presidente da Petrobrás.
“Vemos um alto potencial nessa área [FZA]”, segue Magda Chambriard. “Esse alto potencial está identificado não é de hoje, ele está identificado há mais de uma década e há mais de uma década que a gente vem tentando perfurar essa área”.