Petrobrás quer liberar preços de combustíveis

Roberto Castelo Branco, recém empossado presidente da Petrobrás no governo Bolsonaro

Novo presidente da Petrobras quer deixar cartéis definirem preços de combustíveis 

“Os preços de combustíveis devem atender a paridade internacional, com um sonoro não aos subsídios e um sonoro não a tentativa de exercício de monopólio”. Foi com esta frase que Roberto Castelo Branco, recém empossado presidente da Petrobrás no governo Bolsonaro, se declarou em relação à política de preços dos combustíveis da empresa.

Castelo Branco defendeu a mesma política de preços que vinha de Graça Foster, presidente da Petrobrás no governo Dilma, e foi exacerbada desde junho 2017 com Pedro Parente na presidência da companhia, deixando com que os preços dos combustíveis a serem praticados pela Petrobras sigam os valores do mercado internacional. “Nós somos amantes da competição e detestamos a solidão nos mercados. Queremos companhias, queremos competir”, disse.

Essa política –  a de submeter os preços dos combustíveis no mercado interno às cotações do preço do barril de petróleo e suas variações diárias no mercado internacional e a variação cambial do dólar – foi a que levou à deflagração da greve dos caminhoneiro em maio do ano passado, quando os preços dos combustíveis tiveram aumentos acelerados e quase que diários.

PETROBRÁS

A Petrobrás tem custos de produção, transporte e refino de petróleo próprios, que diferem dos custos das petroleiras que dominam o mercado. Mais importante ainda, essas empresas têm um domínio monopolista do mercado mundial e os preços internacionais são formados especialmente pela atuação delas.

Com a quebra do monopólio da Petrobrás, o poder monopolista dessas empresas vem ganhando cada vez mais terreno no mercado interno. O objetivo é impedir que a Petrobrás venda a preços inferiores ao da “paridade internacional” para que os preços dos combustíveis exportados pelas estrangeiras para o Brasil não tenham concorrência no nosso mercado interno.

O consumidor, no entanto, é quem paga o alto preço dessa manipulação. O país queima dólares na importação de derivados de petróleo que poderiam ser produzidos aqui e as refinarias da Petrobrás chegam a trabalhar hoje em dia com 30% de capacidade ociosa.

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