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Após ser demitido da presidência da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) via Twitter, Alex Carreiro ganhou como prêmio de consolação um cargo de assessor do PSL no Senado.
Lá ele vai trabalhar com Flávio, um dos filhos de Bolsonaro, eleito senador pelo Rio de Janeiro.
Carreiro foi afastado por ter criado uma crise na agência logo ao assumir. O estopim da crise foi a decisão de demitir 17 pessoas em sua chegada e estar planejando o afastamento de mais 19, inclusive funcionários com mais de dez anos de casa.
Ele alegou que estava colocando em prática a ordem de “despetização” da máquina pública na agência. Carreiro chegou a ter uma áspera discussão (na presença de servidores da agência) com Letícia Catellani, ex-dirigente do PSL, que assumiu a diretoria da Apex há quatro dias. Ela não gostou de saber da demissão dos servidores sem ter sido consultada.
Ao ser demitido, Carreiro afirmou estar sendo pressionado para deixar o posto, não aceitou sua deposição e recorreu Bolsonaro para permanecer no comando da agência.
Ele, inclusive, mostrou prints de conversas pelo WhatsApp a deputados do PSL com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que comprovariam que não aceitou sua demissão, como disse o chanceler de Bolsonaro.
Outro motivo alegado para sua demissão é que não tem um currículo alinhado ao estatuto da agência que, entre as regras para comandá-la, exige a fluência em inglês e experiência no setor público.
A crise na direção da agência, responsável pela promoção de produtos e serviços brasileiros no exterior, jogou por terra o discurso levado por Bolsonaro na campanha eleitoral de que seu governo iria seguir “critérios técnicos”.