“Hoje, mais do que nunca, fica claro que a corrupção e os privilégios do neoliberalismo prejudicaram profundamente nosso país e nosso povo”, afirmou a presidente Claudia Sheinbaum, ovacionada pela multidão que tomou o Zócalo e as ruas vizinhas em apoio ao aprofundamento das transformações do país
Mais de 600 mil mexicanos se somaram na Praça da Constituição (El Zócalo) e nas ruas vizinhas, na capital, neste domingo (7), em defesa da presidente Claudia Sheinbaum frente aos sucessivos ataques do governo Trump e da extrema-direita, na sua tentativa de instrumentalizar a juventude em apoio ao neofascismo.
Diante da multidão, Claudia cumprimentou os que se uniram mais uma vez no local, “onde já nos encontramos para defender a democracia, as liberdades, o petróleo, nossos recursos naturais, a soberania e o bem-estar da nação” e saudou “com alegria os jovens que decidiram marchar e se reunir hoje nesta praça”. “Que ninguém se engane, que se ouça alto e claro: a grande maioria dos jovens apoia a Transformação da Vida Pública no México!”, reagiu.
A líder sentenciou que neste dia ficou demonstrado que o povo e sua presidente venceram: “não importa quantas campanhas difamatórias eles financiem nas redes sociais, quantos bots e robôs comprem, quantas alianças formem com grupos de interesse no México e no exterior, quantos consultores de comunicação contratem para inventar calúnias e mentiras espalhadas em alguns meios de comunicação”.
“36 ANOS DE NEOLIBERALISMO APROFUNDARAM POBREZA E DESIGUALDADE”
Mais do que nunca, enfatizou, “fica claro que a corrupção e os privilégios do neoliberalismo prejudicaram profundamente nosso país e nosso povo; 36 anos desse modelo econômico e político deixaram como legado: pobreza, desigualdade, a entrega de nossos recursos naturais a interesses privados nacionais e estrangeiros, perda de soberania, violência e corrupção”.
Por isso, defendeu a presidente, nos reunimos para celebrar sete anos desde o início de uma nova era em nosso amado México, recordando que “em 2018, o povo tomou uma decisão sábia e corajosa: iniciar um novo capítulo, o renascimento do México, com Andrés Manuel López Obrador à frente”. A partir daquele momento, explicou, “ficou muito claro que, assim como em 1857 a Igreja se separou do Estado, em 2019 a principal separação deveria ser a do poder econômico do poder político; e assim tem sido e deve continuar sendo para o bem da República”. “Passamos de um país governado por uma oligarquia, onde presidentes e instituições públicas serviam a um seleto grupo que se considerava ‘donos do México’, para uma verdadeira democracia, onde o governo trabalha para todos, mas especialmente para aqueles que mais precisam”.
“MÉXICO É UM PAÍS LIVRE, INDEPENDENTE E SOBERANO”
“Este ano, demonstramos que podemos ter um bom relacionamento com os Estados Unidos, colocando nossos princípios em primeiro lugar. Chegamos a um Entendimento de Segurança que estabelece quatro princípios claros desde o início: respeito à soberania e à integridade territorial, responsabilidade compartilhada e diferenciada, cooperação sem subordinação e respeito à soberania nacional”, explicou.
Para deixar isso claro, a presidente ressaltou que apresentou e foi aprovada na Constituição a reforma do Artigo 40, que afirma claramente: “O povo do México, em hipótese alguma, aceitará intervenções, interferências ou qualquer outro ato estrangeiro que seja prejudicial à sua integridade, independência e soberania, como golpes de Estado, interferência em eleições ou violação do território mexicano, seja por terra, água, mar ou espaço aéreo”. “Em resumo: o México é um país livre, independente e soberano! Não somos colônia nem protetorado de ninguém!”
AUMENTO REAL DO SALÁRIO MÍNIMO, FORTALECIMENTO DO MERCADO INTERNO
Claudia lembrou que “durante anos nos disseram repetidamente que ‘se os salários aumentassem, haveria inflação, desvalorização e nenhum investimento’. Esse mito foi desmascarado. Na realidade, o objetivo era manter os salários baixos para aumentar a riqueza de poucos, mas demonstramos que é possível criar empregos com salários melhores”. “Durante o período neoliberal, que durou no México de 1983 a 2008 – seis mandatos presidenciais -, o salário mínimo foi drasticamente reduzido nos primeiros anos e, posteriormente, não aumentou em termos reais. Com a Transformação: o salário mínimo subiu de 88 pesos por dia em 2018 para 315 pesos em 1º de janeiro de 2026; um aumento real de 154%. Somente de 2025 a 2026, o aumento será de 13%, mais de três vezes a taxa de inflação. O salário médio mensal também aumentou 77% em termos reais”, comemorou.
Na prática, assinalou, está sendo implementado um modelo econômico que privilegia o desenvolvimento e o mercado interno, que fez com que 13,5 milhões de pessoas saíssem da pobreza entre 2018 e 2024, fazendo do México o segundo país menos desigual do continente graças aos Programas de Bem-Estar Social,
A líder condenou que é uma “mentira” muito comum difundida por transnacionais e pelo sistema financeiro de que “os conceitos de pátria e liberdade pertencem ao conservadorismo”. “Falso! Eles defendem apenas a liberdade de mercado. Não entendem que a liberdade só se exerce plenamente quando há direitos plenos, sobretudo o direito do povo viver com dignidade. Essa liberdade plena se exerce quando há bem-estar, e isso não pode acontecerr quando tudo é deixado ao mercado”.
CRESCENTES INVESTIMENTOS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL E NA SAÚDE PÚBLICA
A presidente destacou que os programas de assistência social são constitucionais e beneficiam 32 das 35 milhões de famílias; a saúde pública está melhorando a cada dia, a distribuição de medicamentos é garantida e, em 2026, terá início o processo de emissão de credenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS). Na educação, mais escolas de ensino médio estão sendo construídas, adicionando 37.500 vagas, e as universidades gratuitas estão criando 124.000 novas vagas este ano.
“Hoje, mais do que nunca, o México avança com dignidade, justiça, união e com a força invencível do seu povo. Temos a responsabilidade de consolidar este modelo humanista como um caminho viável para o desenvolvimento econômico, um modelo viável na ordem política, ética e social”, afirmou Claudia, agradecendo “do fundo do coração” pelo entusiástico apoio da multidão.
“Não estamos sozinhos. Saibam que jamais os trairei e que cada segundo da minha vida é dedicado à construção de um México justo, livre, independente e soberano. Nós, mexicanos, continuamos a clamar pela consolidação do renascimento do México e não para deixar cair, mas sim para reacender a chama da esperança. Tenham fé, o México é um exemplo para o mundo e continuamos a fazer história. Viva a Transformação do México! Viva o México!”, bradou sob intensos aplausos.











