Presidente do partido que deve receber Bolsonaro destinou R$ 1,1 mi de verba pública a parentes

Flávio Bolsonaro ao lado do presidente do Patriota, Adilson Barroso, exibindo sua filiação à legenda. O filho do presidente publicou essa imagem nas redes sociais e depois apagou. Foto: Reprodução

As prestações de contas do Patriota relativas aos anos de 2017 a 2020 mostram que o presidente do partido, Adilson Barroso, destinou dinheiro público da legenda ao próprio bolso e para ao menos dez familiares, incluindo a atual mulher, a ex-mulher, irmãos, filha, cunhada e sobrinhos.

O Patriota é o partido que Jair Bolsonaro está negociando sua filiação após o fracasso da criação do Aliança Brasil.

Ao todo, R$ 1,15 milhão da verba pública do fundo partidário foi usado nesses anos para pagar o salário dele próprio e dos parentes. Só no ano passado, o presidente do Patriota recebeu uma remuneração partidária de R$ 225 mil, com um contracheque mensal de R$ 25 mil. No ano passado, foram R$ 21 milhões repassados do fundo ao Patriota.

De acordo com a prestação de contas de 2020, o maior salário da família, depois de Adilson, é o da atual mulher do cacique, Cassia Freire Sá, com R$ 112 mil ao ano. Em seguida vem o irmão Aguinaldo Barroso de Oliveira (R$ 92 mil ao ano).

Depois, vem uma cunhada, Andresa Nabarro, com holerites que somam R$ 56 mil ao ano. Em seguida, a ex-mulher Rute Ferreira de Lima Oliveira, com R$ 50 mil ao ano. A lista ainda é formada pela filha Fabiana Barroso, com salário anual de R$ 47 mil, e por um sobrinho, Willian Oliveira do Amaral (R$ 48 mil ao ano).

Em anos anteriores, figuram na lista de pagamento do Patriota ao menos outros quatro familiares de Adilson.

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