Presidente do TSE: “mentira deliberada e desinformação não são liberdade de expressão”

Luís Boberto Barroso, presidente do TSE e ministro do STF. Foto: SCO - STF

“A mentira deliberada, o ódio, as teorias conspiratórias e a difusão da desinformação incentivando a agressão são posições anticientíficas que levam à morte das pessoas. Isso não é neutro, isto não é protegido pela liberdade de expressão”, disse o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante sessão da Corte na quinta-feira (19).

A fala aconteceu quando Barroso cumprimentou o ministro Luís Felipe Salomão, presente à sessão, que, na segunda-feira (16), ordenou o bloqueio dos repasses de dinheiro de redes sociais para canais bolsonaristas investigados por propagação de fake news contra o sistema eleitoral.

“Não há dinheiro que se possa ganhar com isso que justifique uma neutralidade que, na verdade, é um proveito financeiro do mal que nós precisamos enfrentar”, afirmou o ministro.

O presidente do TSE também afirmou que é preciso “pacificar o Brasil contra o ódio” e que a democracia tem espaço para todos, menos para mentiras deliberadas e agressões às instituições.

“Precisamos virar esse jogo e fazer com que o bem prevaleça sobre o mal. Eu repito, tem espaço para todas as visões de mundo que não sejam baseadas na violência e na intolerância. E é isso que o Tribunal Superior Eleitoral defende”.

Segundo o ministro, “dinheiro não é tudo na vida. É preciso cultivar valores que mantenham o tecido social com um mínimo de civilidade e de urbanidade numa democracia”, concluiu.

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