Presidente do TSE pede manifestação da Procuradoria Eleitoral sobre agressão à apresentadora

Ataque do deputado bolsonarista Douglas Garcia contra a jornalista Vera Magalhães aconteceu nos bastidores após o debate da TV Cultura de candidatos a governador. Foto: Reprodução

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que a Procuradoria Eleitoral de São Paulo investigue os ataques do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP) à jornalista e apresentadora Vera Magalhães.

Vera foi hostilizada pelo parlamentar após participar do debate com candidatos ao governo de São Paulo promovido pela TV Cultura, na terça-feira (13).

O despacho do ministro foi endereçado ao vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, na noite dessa quarta-feira (14).

Moraes destacou que, diante da “gravidade do ocorrido”, a Procuradoria em São Paulo analise “eventuais providências que entender necessárias”.

A decisão de Moraes foi tomada “de ofício”. Ou seja, por iniciativa própria, sem que o TSE tenha sido provocado a se posicionar sobre o episódio.

“Considerada a gravidade do ocorrido, determino o encaminhamento do referido link da matéria ao Excelentíssimo Senhor Vice-Procurador-Geral Eleitoral [Paulo Gonet] para que possa dar o devido encaminhamento ao Procurador Regional Eleitoral de São Paulo, com o objetivo de ser analisada eventuais providências que entender necessárias”, escreveu.

O presidente do TSE anexou na decisão um link de reportagem jornalística que relata a agressão. O episódio ocorreu logo após o debate, quando Vera foi abordada por Douglas Garcia, que se referiu a ela como “vergonha para o jornalismo brasileiro” e outras ofensas.

A mesma frase foi utilizada por Jair Bolsonaro (PL) ao responder a uma pergunta da jornalista, durante o debate presidencial da TV Bandeirantes, dia 28 de agosto.

Uma investigação criminal já foi aberta pelo Ministério Público de São Paulo para apurar o caso. A Assembleia Legislativa do Estado também deve abrir um processo que pode resultar na cassação do deputado.

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