Presidente mexicano defende libertação do jornalista Assange

López Obrador afirma que libertar Julian Assange “será uma causa muito justa em favor dos direitos humanos”. (Divulgação)

Segurando um livro com crimes de guerra dos EUA que o WikiLeaks trouxe à tona, presidente do México López Obrador defende a imediata libertação do premiado jornalista e editor de nacionalidade australiana

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, deu novo impulso à campanha internacional pela imediata libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e defendeu que “o perdoem e não o sigam torturando”. As informações divulgadas pela organização, ressaltou, apenas revelaram “como funciona o sistema mundial em sua natureza autoritária”.

Ao segurar um livro em que foram publicadas as denúncias vazadas pelo WikiLeaks sobre os inumeráveis crimes de guerra e abusos praticados pelo governo dos Estados Unidos no Iraque, no Afeganistão e em todo o planeta, Obrador apontou que nele há informações “que se deram a conhecer quando estávamos na oposição e falavam de nossa luta, e posso provar que são certos”. “Obedece à realidade de relações ilegais, de atuações ilegítimas, violadoras da soberania, contrárias à democracia”, acrescentou.

O governo Trump ameaça o fundador do WikiLeaks com 17 acusações baseadas na Lei de Espionagem que acarretam 175 anos de prisão. Para agravar a situação, recentemente o relator especial sobre Tortura das Nações Unidas, Nils Melzer, alertou que Assange vem sendo submetido a torturas psicológicas que colocam sua vida em risco.

Para o presidente mexicano é necessária a urgente libertação do ativista, que “será uma causa muito justa em favor dos direitos humanos”. “Não se pode dar as costas às dores da humanidade. Ninguém pode adotar a política do avestruz e enterrar a cabeça no chão, é preciso falar”, enfatizou.

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