O ex-senador Gim Argello, condenado a 11 anos e 8 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na segunda instância, foi solto pela 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, na última sexta-feira (14), com base no indulto de Natal assinado por Michel Temer.
Na primeira instância, ele foi condenado a 19 anos de prisão.
Gim Argello, que foi senador pelo PTB, recebia propina de empreiteiros para não convocá-los para a Comissão Mista de Inquérito da Petrobrás, da qual foi vice-presidente.
Em mensagens, os executivos das empreiteiras tratavam a propina destinada a Gim Argello como “Projeto: alcoólico”. E tinha codinome “Campari” nas planilhas.
Além da condenação a 11 anos e 8 meses, Gim teria que devolver R$ 7,35 milhões à Justiça, o que ainda não aconteceu.
O ex-senador, que estava preso desde abril de 2016, pediu sua soltura com base no indulto natalino assinado por Michel Temer em 2017, que prevê a soltura de condenados a crimes não violentos quando cumprido um quinto de sua condenação.
O indulto passou a valer há pouco mais de um mês, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu validá-lo por 7 votos contra quatro.
Ex-deputado federal e eleito senador em 2006 pelo Distrito Federal, Argello era da base do governo Dilma e conselheiro próximo da ex-presidenta.
A 1ª Vara de Execuções Penais julgou que Gim se enquadra nos requisitos do indulto de Temer.
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