IPCA-15 de março teve alta de 0,95%, a maior para o mês desde 2015, puxada por alimentos, gastos com saúde e transporte. Na prévia, feita entre os dias 12/02 e 16/03 pelo IBGE, ainda não foram computados os explosivos aumentos nos combustíveis, com aval do governo, que ocorreram a partir de 11 de março nas refinarias
Pressionado pelos preços dos combustíveis e dos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acumula alta de 10,79% em 12 meses até março – marcando 7 meses seguidos com o índice acima de dois dígitos no acumulado em 1 ano. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (25), que em março o indicador registrou alta de 0,95% – a maior variação para um mês de março desde 2015.
Em 12 meses, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram variação acima do IPCA-15, alta de 10,79% para o mesmo período observado. Veja abaixo:
· Transportes (16,79%)
· Alimentação e bebidas (10,77%)
· Artigos de residência (14,90%)
· Habitação (14,56%)
· Vestuário (12,77%)
· Saúde e cuidados pessoais (4,32%
. Despesas pessoais: (5,86%)
· Educação (6,71%)
· Comunicação (2,53 %)
No grupo Alimentação e bebidas, os itens que mais pesam no bolso dos consumidores estão relacionados a Tubérculos, raízes e legumes ( 40,35%), Hortaliças e verduras (28,90%), Açúcares e derivados (19,42%), Aves e ovos (19,21%), Bebidas e infusões(17,26), Óleos e gorduras (16,53%), Farinhas, féculas e massas (12,66%), Frutas (10,79%), Leite e derivados (10,32%), Panificados (10,65%).
No grupo Transporte, os itens que mais sufocam o brasileiro estão: Combustíveis para automóveis (27,76%), seguido de Veículo próprio (13,11%) e Transporte público (6,05%).
O aumento nos preços dos combustíveis não refletiu o total da alta autorizada pela direção da Petrobrás nos derivados de petróleo, com aval do governo, de até 24,9% anunciado no dia 11 de março. O IPCA-15 de março foi apurado pelo IBGE pelos preços entre os dias 12 de fevereiro a 16 de março. Assim como também não reflete as sanções econômicas impostas à Rússia, com o início do conflito com a Ucrânia em 24 de março. O que reflete é o descaso de Bolsonaro com o povo brasileiro com a carestia desenfreada, os preços dos combustíveis na Lua durante toda a pandemia e os alimentos básicos sumindo da mesa do trabalhador.
ALTA GENERALIZADA
Na passagem de fevereiro para março, a alta também foi generalizada em todos os grupos de produtos e serviços pesquisados, com destaques para a alta dos alimentos e bebidas (1,95%). Segue abaixo:
· Alimentação e bebidas (1,95%)
· Artigos de residência (1,47%)
· Saúde e cuidados pessoais (1,30%)
· Vestuário (0,95%)
· Transportes (0,68%)
· Habitação (0,53%)
· Despesas pessoais (0,44%)
· Educação (0,14%)
· Comunicação (0,04%)
O resultado do grupo Alimentação e bebidas foi influenciado principalmente pela alta dos alimentos para consumo no domicílio (2,51%). As principais pressões de alta entre os alimentos vieram da cenoura (45,65%), do tomate (15,46%) e das frutas (6,34%). Houve ainda altas expressivas na batata-inglesa (11,81%), no ovo de galinha (6,53%) e no leite longa vida (3,41%).