Preço das passagens e combustíveis caem e dos alimentos sobem
O preço dos alimentos pressionou a prévia da inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (26), a inflação foi de 0,31% em janeiro – com grande contribuição dos preços de alimentos e bebidas, que subiram 1,53% no primeiro mês do ano. Mas, abaixo da taxa de dezembro (0,40%).
Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 4,47% em 12 meses.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em janeiro. Além dos preços de Alimentação e Bebidas, houve aumento importante no preço de Habitação, Saúde e Educação.
Por outro lado, os preços de Transportes registraram deflação, sentindo a queda no preço das passagens aéreas em 15,24% – , registrando o maior impacto individual negativo do mês (-0,16 p.p.) – e a redução . nos combustíveis (-0,63%), com recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%), enquanto o gás veicular (2,34%) registrou alta.
Alimentação e bebidas: 1,53%;
Habitação: 0,33%;
Artigos de residência: 0,26%;
Vestuário: 0,22%;
Transportes: -1,13%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,56%;
Despesas pessoais: 0,56%;
Educação: 0,39%;
Comunicação: -0,03%.
ALIMENTAÇÃO
Após meses de queda, o preço dos alimentos voltou a subir no final do ano passado. Em dezembro, a inflação havia registrado alta 0,54%.
A Alimentação no domicílio teve uma alta expressiva no mês, de 2,04%. Batata-inglesa (25,95%), tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e carnes (0,94%) foram os destaques.
Já a Alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,53% em dezembro para 0,24%, em janeiro.
Com a inflação em queda, aumenta a pressão pela queda mais acelerada da taxa básica de juros pelo Banco Central, hoje em 11,75%. Nesse patamar, o Brasil se mantém entre os países com as maiores taxas de juros do mundo (descontada a inflação), penalizando o setor produtivo e o consumo das famílias.