A economia brasileira desabou 10,94% no segundo trimestre de 2020, na comparação com o trimestre anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira (14). É a maior queda para um trimestre em toda a série histórica do BC, iniciada em janeiro de 2003.
O IBC-Br é considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O resultado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 1.º de setembro.
De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre o PIB caiu 1,5%, na comparação com os três últimos meses de 2019. Naquele ano, a economia teve um resultado menor do que os dois anos anteriores (2017 e 2018), de apenas 1,1%. Depois da recessão de 2014-2016, nos três anos seguintes a economia cresceu em torno de 1%.
A Covid-19 chegou no Brasil em em meio a uma economia estagnada pela desastrosa política de Bolsonaro e Guedes.
Os cinco meses de pandemia só não foram piores graças às medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, de estado de calamidade pública, com a aprovação do auxílio emergencial de R$ 600, crédito emergencial a estados e municípios, às empresas e para folha de pagamento dos salários. Ainda assim, mais de 700 mil pequenas e médias empresas fecharam suas portas, 40 milhões de brasileiros estão a procura de emprego e não encontram e mais de 105 mil vidas foram ceifadas.
Segundo o IBC-Br, no mês de junho, com a retomada das atividades da economia, paralisadas em função do combate à Covid-19, houve um crescimento de 4,89% em relação a maio. Na comparação com junho do ano passado, a queda foi de -7,05%. No acumulado dos seis primeiros meses, o recuo é de – 6,28% e em doze meses caiu -2,55%.
O Banco Mundial prevê uma queda de 8% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 9,1% em 2020.
Já o governo brasileiro mantém uma estimativa de queda do PIB de 4,7% em 2020. Ignorando que a pandemia está derrubando a atividade econômica mundial e colocando o mundo e o Brasil na recessão continua com sua política de arrocho fiscal, de teto de gastos, cortes nos investimentos públicos e entrega do patrimônio do povo brasileiro.